domingo, 28 de dezembro de 2008

Mallu Magalhães, quem é você?

Quanto mais conheço a Mallu Magalhães, menos gosto. Tudo nela é muito esquisito. O cd dela podia ter uma música só, porque quase não se nota diferença entre uma e outra. É muito “dabi dubi” com “luba da” e “papapa”. Eu chego a me perguntar se o que ela canta é inglês mesmo ou ela só põe o título da música em inglês e engana a gente com uma linguagem própria.
Outra coisa esquisita é essa exacerbação de patrocínio. A Vivo patrocina tudo dela! Celular Vivo com conteúdo da Mallu, camisas Vivo com a cara da Mallu... até o blog da Mallu é dentro do site da Vivo! E alguém sabe me responder porque ela só aparece no Altas Horas e na Mtv? Falando em Altas Horas, quem viu o programa neste Domingo constatou o quão tosca ela é. As pessoas – inclusive o próprio apresentador – faziam perguntas a ela e obtinham como resposta coisas como: “Demais.” / “Aham.”/ “Foi difícil”. O cúmulo, pra mim, foi o apresentador ter perguntado a ela o que de melhor aconteceu em 2008 e após uns 10 segundos de completo silêncio, ela ter dito: “Ah, acho que foi ter vencido o medo de andar de avião...”
Li uma entrevista dela a Editora Abril e um monte de respostas dela estão no documentário 'Don't Look Back' sobre o Bob Dylan. Acredito que seja muito divertido ter uma jovenzinha gostando de músicas de grandes sujeitos, mas isso não é tudo. Eu acho ela muito pré-fabricada.
Pré-fabricada, aliás, remete ao título de uma música da ex-banda do atual namorado dela. E não podia terminar de citar essa relação, que não é tão bizarra quanto eu pensava. Vou poupar as minhas palavras, colocando um trecho de um post do Marcos Mion seu blog:
“[Camelo] é o Capitão Caverna misturado com o Saddam Hussein, e não é nas épocas boas, não! Enfim, o mais stranger in the night é que ele aparenta ter bem mais...mas tudo bem, porque também achava que ela tinha bem menos!”, finalizou Mion.
Já eu, finalizo o post com minha mais nova descoberta: Soko. Conhecem? Nem eu conhecia, mas quem é capaz de dizer que ela não é igualzinha a Mallu Magalhães? Clique aqui e veja.

Ps: Se algum fã-cego dela vier aqui me xingar, vou mandar tomar no “Tchubaruba”.

sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

Um Natal um tanto vazio

Brincadeiras a parte, sem querer ser corta o clima, mas eu não tenho esse espírito que a maioria parece ter no Natal. Não sei se as pessoas sentem, de fato, cada palavra daquelas que se diz e manda via e-mail, mas Natal não quer me dizer nada.
Concordo que no Natal as pessoas estão mais fraternas, mais solidárias, mais doadas... mas ainda assim, acho hipocrisia. Talvez uma hipocrisia até involuntária, que passa de geração em geração, mas ainda assim uma hipocrisia. Amor, fraternidade, solidariedade, com hora marcada, não me soa bem. Não acho que esses sentimentos tenham que acontecer em um dia e hora específicos, acredito que se deva ser fraterno, amoroso e solidário, todos os dias do ano.
Natal, em suma, é só uma data pra se fazer uma comida mais elaborada e -quando sim- ganhar ou receber meia dúzia de presentes, que obrigatoriamente devem ser comprados, ainda que você esteja numa completa falência. Porque de resto, não acredito que transforme ou renove ninguém. Natal tem sido uma data vazia, um tanto falsa até. Concluo com uma frase do Harlan Miller que diz: "Eu queria que pudéssemos guardar um pouco do espírito do natal em potes, e abrir um pote a cada mês". É mais ou menos assim que eu penso.

domingo, 14 de dezembro de 2008

No dia que tudo tiver vida...

Imagina o dia em que tudo for tão tecnologicamente desenvolvido que tenha a capacidade de raciocinar sozinho e tomar as próprias decisões?
Imagina um dia uma cafeteira parando porque está cansada de fazer tanto café ou um copo já 'cheio' de se molhar? Isso no dia que o teclado tomar uma atitude e se revoltar contra as agressões que o fazem, ou que o mouse resolva não mais rolar, e sim, ficar lá estático em cima da sua mesa.
Pensa no dia que seu monitor cansar de acender, que o seu prato não queira mais se sujar, que o seu garfo e faca desistam, respectivamente, de furar e cortar, porque acreditam mais que a vida deve ser levada na paz, na Era de Aquário.
No dia que isso acontecer, o seu carro não vai mais querer te levar para o trabalho, as caixas de som se emudecerão, a cama não mais aguentará o peso dos seus problemas e a sua câmera vai se recusar a registrar tantos momentos e vai em busca de um momento dela.
Ah! No dia que tudo que for irracional ganhar alma, ainda que high-tech, as pessoas notarão que elas desperdiçaram o que sempre tiveram: o cérebro.

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

Tele-help-marketing.

Estar de férias é bom. O ruim é quando o mundo descobre isso e resolve te ligar.
A mulher ligou pra minha casa hoje e disse:
Boa tarde, posso falar com a Dona Maria Auxiliadora?
Não é daqui não.
Não tem nenhuma Maria Auxiliadora aí?
Dá vontade de responder: - Na verdade tem, eu é que gosto de fazer essas brincadeirinhas pelo telefone...
Pior que telemarketing, só telemarketing filantrópico. Ajudar crianças, idosos, pessoas com câncer, Aids, hanseníase e até refugiados do temporal de Santa Catarina.
Isso me fez lembrar uma mulher que ligou pra cá e disse que eu tinha que contribuir porque “amigos vizinhos” estavam contribuindo. O que eu tenho a ver com isso? Só porque eles doam eu tenho que doar? E quem diabos são “amigos vizinhos”? Como ela sabe quem é meu amigo e quem não é? Agora, além da lista telefônica, ela deve ter um perfil no Orkut também. Analisa quem te manda depoimento, recado e faz essas análises de amizade. Só pode.

segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

O Verão vem aí... e daí?

Eu não entendo esse fascínio com o Verão. Parece que as outras três estações não tem a menor importância, que o que valhe de fato é o Verão. Por quê? Não é querendo ser do contra, mas a partir de agora, vou investir em outra estação, sei lá, talvez no Outono. Ninguém liga pro Outono. Todo mundo sabe quando está no Verão, mas ninguém sabe quando o Outono dá as caras. Vamos parar com essa segregação. O que o Verão tem que as outras estações não tem? Se a gente ainda vivesse num país onde as estações fossem bem definidas, o Inverno fosse o frio polar, o Outono aquele amarelo-alaranjado das folhas secas, a Primavera aquele verde-natureza que salta aos olhos, aí sim, o Verão mereceria ter essa importância toda. Mas nós vivemos no Brasil, o ano inteiro é calor, o ano inteiro tem praia, o ano inteiro é um grande Verão.

quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Sobre galinhas.

O blog tá maduro. Coincidentemente meu último – e finado – post foi sobre aniversário e no dia 10 de Novembro o blog fez 1 ano. 1 ano! Vejam vocês, quando comecei, despretensiosamente, queria um blog que falasse de coisa séria mas sem perder a espontaneidade. E foi essa a minha meta ao longo desse 1 ano, falar de política sem perder o humor, falar de religião sem perder o senso, falar de qualquer coisa, de forma intensa mas sem ser necessariamente aquele papo cabeça chato. Talvez fosse isso que eu queria, mesmo sem saber. Levar o papo cabeça de forma simplificada a todo mundo que tivesse um computador, tempo livre e paciência. Sem falsa modéstia, só a paciência farão vocês lerem esse post, já que estou a um longo tempo sem postar nada e imagino que a maioria de vocês que outrora foram assíduos, estão agora com um certo desdém, achando que eu vos esqueci e que esqueci também do blog. ( Essa é pra você Felipe, que não comenta e pede atualização )
Dito isso, vou ser breve e escrever só uma observação que a um tempo atrás muito me impressionou. Perdoem a ingenuidade, mas eu descobri que coração de galinha – aqueles de churrascaria – é coração de galinha de verdade! Desculpe aos que tudo sabem e vão ridicularizar minha descoberta, mas isso realmente me transformou. Agora, vejo as churrascarias de um outro modo. Pensem comigo: Quantos espetinhos de coração de galinha são servidos por dia? E quantos corações de galinha cabem lá?
Suponhamos que num espeto de churrascaria, aquele que o garçom vem nos servir - digo em churrascarias rodízio – devem caber 30 corações de galinha. Se o garçom servir 3 espetos por dia, darão 90 corações sendo consumidos diariamente. Mantendo o fluxo, no final da semana serão 630 corações e no final do mês serão 2520 corações. Seguindo a teoria, no final do ano serão 30,240 corações de galinha consumidos. Trinta mil duzentos e quarenta corações de galinha. Isso quer dizer que existem trinta mil duzentos e quarenta galinhas a menos no mundo. E isso porque eu levei em consideração apenas uma churrascaria!
O que o Ibama tá fazendo olhando a Mata Atlântica? Não tem nenhuma ONG pró-galinha?

Daí só posso tirar uma conclusão: Ou as galinhas tem 4 corações ou estamos prendendo ladrões de banco quando na verdade deveríamos estar prendendo os donos de churrascaria. Ou os donos de granja. Vai saber...

segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Sobre o seu aniversário.

Hoje faço aniversário. Não costumo escrever muito sobre isso, a última vez, se bem me lembro, eu estava fazendo 14 anos. Fazer aniversário é estranho. Sempre achei. Na minha cabeça fazer aniversário é como prazo de validade, um dia depois não muda nada. Não que eu esteja falando que devesse acontecer uma mudança radical e cíclica na vida das pessoas a cada ano, mas é que de 11:59 pm de ontem para 00:01 am de hoje, nada mudou. Outra coisa que me confunde um pouco é parabéns. “Parabéns”... o que significa? E depois de parabéns, o que se responde? “Obrigado”. Mas obrigado pelo quê? “Pelos votos de felicidade, saúde...” Mas quem me deu parabéns, já é alguém que me deseja tudo isso sempre, não especialmente no dia do meu aniversário, e nem por isso eu digo todo dia: “- obrigado pelo que você me deseja hoje.”
Tem coisa mais constrangedora que cantar parabéns pra si mesmo? Todo mundo fica te olhando, batendo palmas, e você? Bate palmas também, canta também, e no final do “é big! é big!” grita o seu próprio nome. Mas para pra pensar, não é estranho? Porque eu grito meu próprio nome? Mas imagina que estranho também seria se tivesse todo mundo lá cantando parabéns pra você e você parado atrás do bolo, sem bater palmas, sério, olhando pra cara das pessoas. Ou seja, é um ritual que não há como fugir.
Quem nunca encontra no seu aniversário gente que pergunta: “- E aí?! Como você está se sentindo agora? Tá velho!” Bem, eu não me sinto lá muito velho. Quer dizer, não em relação a ontem. A essas pessoas eu tenho vontade de responder: Como eu to me sentindo? Vivo.
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Ps: Embora não pareça, eu adoro fazer aniversário.

sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Papai Noel existe?

1) – Existem aproximadamente dois bilhões de crianças (pessoas com menos de 18 anos) no mundo. Porém, como Papai Noel não visita criança das religiões muçulmana, Hindu, Judaica e Budista, isso reduz o trabalho na noite de Natal para 15 % do total, ou 378 milhões de pessoas (de acordo com o Bureau de Referência de população). A uma taxa média (censo) de 3,5 crianças por lar, tem-se um total de 108 milhões de lares, considerando que haja pelo menos uma criança boazinha em cada lar.

2) – Papai Noel tem cerca de 31 horas de Natal para trabalhar, graças à diferença de fuso-horário e à rotação da Terra, considerando que ele viaje de leste para oeste (o que parece lógico). Isso resultaria em 967,7 visitas por segundo, e significa que, para cada casa cristã com uma criança boazinha, Papai Noel tem cerca de 1/1000 segundo para estacionar o trenó, saltar, pular na chaminé, encher as meias, distribuir os presentes restantes sob a árvore, comer algum lanche que tenha sido deixado para ele, subir de volta pela chaminé, entrar no trenó e ir até a próxima casa. Considerando que cada uma das 108 milhões de paradas esteja distribuída uniformemente pelo mundo (o que, naturalmente, sabemos ser falso, mas será aceito para fins de cálculo),estamos falando agora de aproximadamente 1,25km por casa – uma viagem total de 121,5 milhões de km, sem contar idas ao banheiro e descansos. Isso significa que o trenó do Papai Noel move-se a uma velocidade de 1.046 km/s – 3.000 vezes a velocidade do som. Para fins de comparação, o veículo mais veloz já construído pelo homem, a sonda espacial Ulisses, move-se a acanhados 44,1 km/s, e uma rena normal pode correr a 24 km/h (no máximo).

3) – A carga útil do trenó representa um outro elemento interessante. Considerando que cada criança não receba nada mais que um Lego médio (907g), o trenó levaria mais de 500 mil toneladas, sem contar o peso do “bom velhinho”. Em terra, uma rena normal não puxa mais que 136 kg. Mesmo admitindo que renas “voadoras” pudessem puxar dez vezes o normal, o serviço não poderia ser feito com oito ou nove delas – Papai Noel precisaria de 360.000 renas. Isso aumentaria a carga, sem contar o peso do trenó, mais 54 mil toneladas, ou aproximadamente sete vezes o peso do Queen Elizabeth (o navio, não a monarca).

4) – 500 mil toneladas viajando a 1.046km/s cria uma enorme resistência do ar isso aqueceria as renas da mesma maneira que uma nave espacial ao reentrar na atmosfera da Terra. O primeiro par de renas absorveria (14,3x10 elevado a 19) joules de energia por segundo. Em resumo, elas explodiriam em chamas quase que instantaneamente, explodindo as renas atrás delas e criando estrondos sônicos ensurdecedores em seu rastro. Todo o conjunto de renas seria vaporizado em 4,26 milésimos de segundo, ou quase quando Papai Noel atingisse a quinta casa em sua viagem. Porém, nada disso importa, pois o Papai Noel, com a aceleração resultante de uma parada brusca a partir de 1.046 km/s em 0,001 segundo, estaria sujeito a uma força de 17.000 G's.

Um Papai Noel de 113 kg (que parece ridiculamente magro) seria imobilizado no fundo do trenó por 1.957.258 kgf o que esmagaria instantaneamente os seus ossos e órgãos, reduzindo-o a uma bolha trêmula de meleca pegajosa cor-de-rosa.

5) – Conclusão: Se Papai Noel existiu, ele já está morto.

sábado, 20 de setembro de 2008

Dispensa do serviço militar.

Recebi este e-mail e achei muito engraçado. Espero que gostem.

Um jovem escreveu a seguinte carta para o militar responsável pela Dispensa do serviço militar.

Prezado Oficial Militar,
Venho por intermédio desta pedir a minha dispensa do serviço militar.
A razão para isto bastante complexa e tentarei explicar em detalhes.
Meu pai e eu moramos juntos e possuímos um rádio e uma televisão.
Meu pai é viúvo e eu solteiro. No andar de baixo, moram uma viúva e sua filha, ambas muito bonitas e em rádio e nem televisão. O rádio e a televisão fez com que nossas famílias ficassem mais próximas.Eu me apaixonei pela viúva e casei com ela. Meu pai se apaixonou pela filha e também se casou com esta. Neste momento, começou a confusão. A filha da minha esposa, a qual casou com o meu pai, é agora a minha madrasta. Ao mesmo tempo, porque eu casei com a mãe, a filha dela também é minha filha (enteada). Além disso, meu pai se tornou o genro da minha esposa, que por sua vez é sua sogra. A minha esposa ganhou recentemente um filho, que é irmão da minha madrasta. Portanto, a minha madrasta também é a avó do meu filho, além de ser seu irmão. A jovem esposa do meu pai é minha mãe (madrasta), e o seu filho ficou sendo o meu irmão. Meu filho é então o tio do meu neto, porque o meu filho é irmão de minha filha (enteada).Eu sou, como marido de sua avó, seu avô. Portanto sou o avô de meu irmão. Mas como o avô do meu irmão também é o meu avô, conclui-se que eu sou o avô de mim mesmo! Portanto, Senhor Oficial, eu peço dispensa do serviço militar baseado no fato de que a lei não permite que avô, pai e filho sirvam ao mesmo tempo. Se o Senhor tiver qualquer dúvida releia o texto várias vezes (ou tente desenhar um gráfico) para constatar que o meu argumento é realmente verdadeiro e correto.
Ass. Avô, pai e filho.

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

Sobre o orgulho.

Tem gente que acha que é o orgulho que engrandece. “- Faça o que quiser, mas não se arrependa, pra não correr o risco de parecer fraco.” E pior que ter gente achando, é ter gente acreditando nessa gente que acha isso.
Não se arrepender não é fraqueza, é arrogância. O orgulho – em excesso -, deixa as pessoas mais tolas. Quem não se arrepende, não corre o risco de aprender com os próprios erros. E pior, acaba lutando contra sua própria consciência. Quem não faz alguma coisa digna de arrependimento? Por mais raiva que se tenha – até de si próprio – é incrivelmente mais humano se arrepender e admitir o erro do que se orgulhar até o último minuto, mesmo que se pareça ridículo.
Fraco é quem não ri de si próprio. Quem não encontra a graça dentro de si, nunca vai conseguir encontrar nos outros.

sexta-feira, 5 de setembro de 2008

Devendo.

Ando devendo. Pelo menos uns 3 emails sem resposta, 8 recados no Orkut, 2 mensagens de texto, uma atualização num trabalho de Literatura, decorar o texto de uma peça, uma série de coisas, e principalmente, postar no blog. Que Deus me permita, numa próxima encarnação, eu consiga fazer só coisas que eu consiga cumprir. A tempo.

domingo, 24 de agosto de 2008

Sem titulo.

Quem gosta de escrever costuma ter dificuldade em alguma coisa. Uns tem pra começar, outros pra terminar. Tem ainda os que não elaboram um bom enredo, deixam-se perder no meio, já outros escrevem pouco demais ou muito demais. Pois bem, o meu problema é com título. Se você que me lê tivesse noção do quanto isso é difícil pra mim, não esboçaria essa cara.
Acho que esse meu problema com título vem associado ao meu problema com síntese. Resumir coisas é sempre difícil pra mim. E é isso que se faz num título, resume-se a história em uma frase marcante.
Por isso, esse post vai se chamar sem título. E um dia, quando a astúcia permitir, faço um post sem conteúdo também.

Selado.

O Blog tem 9 meses de vida, e nesse tempo, já ganhou algumas condecorações. A mais recente delas é o selo 'Blog Consciente', que me foi passado pelo Diálogos a Sós.
Muito engrandece o Blog - e o ego do autor -, então, agradeço a todos que não só me repassam selos, mas principalmente aqueles que vem aqui, leem o que eu digo e pensam sobre. Ah, claro! Aos que comentam, também um agradecimento especial. O Blog só é o que é, graças a vocês. Cada um de vocês!
E como manda a tradição, devo repassar. E o selo vai para:

Falando um monte! & Reticências

sábado, 9 de agosto de 2008

George Denis Patrick Carlin

É engraçado essa capacidade que a gente tem de sentir alguma coisa por alguma coisa que nem conhecemos. [ perdoe a redundância ]
Saudade de um lugar que nunca foi, de uma pessoa que nunca conheceu e por aí vai.
Tempos desse me descobri assim, saudoso, de um cara que nem conheci. Uma ajuda da Wikipedia pra explicar pra vocês quem é ele:
George Denis Patrick Carlin (Nova Iorque, 12 de maio de 1937 — 22 de junho de 2008) foi um comediante, ator e autor norte-americano, pioneiro, com Lenny Bruce, no humor de crítica social. A sua mais polémica rotina chamava-se "Sete Palavras que não se podem dizer em Televisão", o que lhe causou, durante os anos setenta, vários dissabores, acabando preso em inúmeras vezes que levou o texto a palco.
Até meados da década de 1960, Carlin manteve uma imagem tradicional, com fato e cabelo curto. Depois, ao escrever novo ato, decidiu deixar crescer o cabelo e a barba, tornando-se um ícone da contracultura. Crítico acérrimo das religiões, ateu convicto, principalmente do sentido da culpa e do controle social, defendia valores seculares.
Aplaudido por vários colegas, como Lewis Black, tido como seu sucessor, George Carlin chegou ainda a participar em vários filmes e séries de TV. Dublou ainda filmes de animação, como Carros e outros.
Morreu em um hospital de Los Angeles de parada cardíaca, depois de, nos últimos 20 anos, ter passado já por um enfarte e duas cirurgias ao coração. Sobrevive-lhe a sua segunda mulher e sua filha.
Eu costumo admirar as pessoas pelo que elas levam dentro de si. Não tem nada mais fascinante do que gente com conteúdo, com conhecimento e com humor. George Carlin morreu, mas não se foi só. Deixou um punhado de admiradores pelo mundo que nunca, mesmo, terão a oportunidade de conversar com ele.
Nota: Menos uma pessoa bacana no mundo. Porque Deus não leva quem não presta?

domingo, 3 de agosto de 2008

Mundo zipado

Porque nem sempre o que importa é o que a gente vê, as vezes o que vale é o conteúdo.



( Mais figuras, clique nessa frase )

Burro, quem?



a internet está criando uma geração burra?

como pode deixar burro uma coisa que te dá possibilidades? que dá escolhas? que obriga a fazer escolhas?

mas hein?

sim, a nossa sociedade está ficando a cada dia mais burra. não vamos discutir o que é óbvio. mas é por causa da internet? do computador? da tecnologia? do iphone? duvido muito. a internet é só um espaço em que se pode disponibilizar informações. há informações falsas? sim. mas sempre houve, fora dela. sempre haverá. há bobagens e propaganda enganosa. como há fora da internet. como há na televisão e nos jornais e em toda a grande mídia de um modo geral.

a diferença é que na internet você pode escolher.

estão fazendo as escolhas erradas? não duvido. depois de anos aprendendo a assisir às maiores futilidades na televisão, por que esperar que vão procurar ensaios críticos sobre proust na internet? se ninguém se deu ao trabalho de desligar a televisão para, digamos, ler um livro sobre física nuclear, por que esperar que essa gente vá à internet pesquisar sobre a biodiversidade no congo?

claro que não. essa gente vai à internet para assistir a bobagens no youtube, porque é isso que aprenderam com a televisão. vão escrever scraps no orkut do amigo, porque a internet sempre vai ser espelho do que existe fora dela. vão ficar em redes sociais. não fosse a internet, estariam assistindo à MTV (eu diria que a MTV parece ficar a cada dia mais estúpida, mas concluí que ela não fala mais para a minha geração, então eu não seria mais capaz de compreendê-la).

não se lê? claro que não. mas tenho certeza que lêem mais do que antes da internet. ou, ainda: quem lê mal na internet não leria coisa nenhuma se não fosse a internet.

como, então, culpar a burrice da sociedade moderna por uma ferramenta que permite a escolha? não é a internet que dita a escolha. a culpa não é da internet. é da escolha. é do que determina as escolhas. mais que isso: o problema é justamente que as pessoas ainda não são capazes de se livrar do clichê da escolha comum e descobrir o quanto existe por trás dos vídeos do youtube ou da pesquisa rasa na wikipedia.

e não? vão dizer: o google me deixou muito burro, não preciso saber mais nada, basta jogar ali na caixa de busca. mas que merda, hein? desde quando tenho a obrigação de decorar todos os nomes dos rios do estado do maranhão? ou o nome daquele ator, daquele filme? a gente aprende na escola que saber é decorar e reproduzir na prova, e isso é uma estupidez sem tamanho. isso serve pra escola. isso não serve pra vida.

como poderia ser ruim uma ferramenta — que seja o google — que te dá a possibilidade de se lembrar dessas informações menores? que tal ocupar a cabeça com qualquer atividade mais… sei lá, criativa? que tal usar a internet como ela pode ser usada?

internet é escolha. e nisso ela é diferente da televisão e de toda a grande mídia. na grande mídia o objetivo é quebrar as pernas da possibilidade de escolher. há esse e aquele canal, esse e aquele programa. mas estão quase todos ligados a uma noção de que se deve falar ao espectador “médio”. claro que há um jogo de interesses por trás disso, e nesse jogo de interesses melhor mesmo é emburrecer todo mundo. e por isso o que existe é o clichê.

e convenhamos, quem vocês pensam que está sendo acusado de burro por usar a internet?

o nosso querido espectador “médio”.

o que há na televisão se reproduz na internet. o que há em toda a grande mídia se reproduz na internet. mas a internet é infinitamente maior que isso. e a merda é que a grande massa não se dá conta disso. o computador com a internet vira mais um joguinho estúpido para passar o tempo e matar a hora de estudar. pelo menos estão clicando e escrevendo — feito macacos, mas –. o que não deixa de ser melhor do que passar o dia na frente da televisão. ou não?

Olivia Maia ( geração internet )

quinta-feira, 31 de julho de 2008

Mas eu só acredito... vendo! (II)

E da sessão fotos que dispensam totalmente os comentários, aí vão algumas:

Essa gente que rouba marmita não tem mesmo a menor educação...

Apoiado!

Reencontro de velhos amigos...

Cheque pré-datado pra daqui a 2 meses no valor de R$2,80 pra pagar um 'Hot Dog do Jão'

Lula realizando um sonho de criança

quinta-feira, 24 de julho de 2008

A mesquinharia de cada um

Hoje eu não vim aqui fazer ninguém rir de nada. Eu não vim aqui querendo que você saia alegre, sem levar nada. Hoje eu quero escrever pra desabafar. É triste, mas, tô me achando meio babaca. Babaca mesmo, literal e metaforicamente falando.
Fui na casa de uma amiga, num bairro nobre aqui do Rio de Janeiro. Atrasado como de costume, peguei o ônibus errado e ele me deixou uns 3 quarteirões atrás de onde eu teria que saltar. Fui andando, apressado, tentando evitar o inevitável atraso, que já marcava uma hora no meu relógio. Aliás, no relógio do celular.
Foi que de repente eu avistei, sentada no elevado de uma loja que já tinha fechado, uma senhora. Uma velhinha, lá pelos seus setenta anos, com um pano na cabeça, cobrindo seus também envelhecidos cabelos. Abaixada, tinha um copo de plástico no seu colo e umas moedas na mão. Parecia ser cega, não deu pra reparar. Ela passava a mão naquelas poucas moedas coloridas, como se aquilo ali lhe pagasse a dignidade. Devia ter a idade da minha avó. Mas a minha avó não é assim. A minha avó faz aula de tudo. Anda sempre ocupada. E ela, não devia fazer nada. Devia ficar ali, naquele mesmo lugar o dia todo, esperando por aquelas poucas moedas todos os dias.
Eu fiz as contas, e ela já viveu pelo menos 5 vezes mais do que eu. E mesmo assim ela estava ali, parada, na rua, esperando aquelas moedas. Isso não é certo. Quem tinha que estar lá era eu, não ela. Se ela pudesse, ela estaria como a minha avó. Mas ela não pode. Ela viveu 5 vezes mais do que eu, mas e daí? Quem é ela para mundo?
Eu queria ter parado ali e escutado a vida dela. Eu queria ter parado ali e ter mostrado pra ela que eu a vejo. Ou mesmo ter pego as incontáveis moedas que ganhei de troco do ônibus e ter dado a ela. Mas eu não pude. Meu celular tocando, a pressão do relógio, eu segui. E seguindo, fiz como todo mundo. Como se os meus problemas fossem alguma coisa perto do dela.
Cheguei na casa da minha amiga e ela não me saiu da cabeça. Ela não deve ter nem um amigo pra ligar. Não deve ter ninguém que ria com ela, que chore por ela, que se preocupe com ela...
Já faz uma semana que isso aconteceu e muita coisa já aconteceu desde então. Mas ela, aposto que ainda está lá, com o pano na cabeça, contando um punhado de moedinhas.

segunda-feira, 30 de junho de 2008

Juiz decreta invalidade das leis da física

E na sessão: Notícias que eu não acredito que esteja lendo! Achei uma pérola das boas. A de um juiz inglês que num julgamente decretou que dentro do Tribunal não existe lei da física, o que vale é a lei do local".

Veja:

Tudo começou com uma multa de £100 por excesso de velocidade, em Sheffield, na Inglaterra. O marido da motorista é físico e trabalha no Instituto de Pesquisas em Materiais e Engenharia da Sheffield Hallam University, e já foi premiado pelos trabalhos em padrões de medição de aparelhos. O físico apelou à Corte, alegando que a câmera esta sendo usada fora das especificações e instruções do manual. Não só o apelo foi recusado como a multa passou para £15.000. O porta-voz da Corte disse que o físico, que defendia legalmente a esposa, estava usando as leis da física:

“O juiz determinou que o que vale em multas de excesso de velocidade é a lei do local e não as leis da Física”, disse o porta-voz. Continuando com a pérola: “Da próxima vez, espero que ele esqueça a Física da sala de aula e deixe as câmeras realizarem seu trabalho de controle de velocidade”.


Notícia retirada do Yorkshire Post.

Seria interessante saber o que a Câmara dos Lordes teria a dizer a respeito da invalidade jurídica do trabalho de Sir Isaac Newton.
Me surpreende também a autoridade conseguir ficar em algum lugar, sem as leis da física. Imagina um tribunal sem gravidade? A galera toda voando, policiais flutuando, fazendo peixinho...

quarta-feira, 18 de junho de 2008

Não coma Bob's Burguer

Fui comer no Bob's. A tempos não ia lá, mas passando pela porta, não resisti: 'BOB'S BURGUER R$ 1,99'. A primeira coisa que a gente pensa quando chega no Bob's é "Por quê eu não estou no Macdonald's mesmo?". Antes que pensem que eu tenho algo contra o Bob's, eu já exclareço: não tenho. Pelo contrário, prefiro até o sanduíche do Bob's ao do Macdonald's. Mas se eu elogiar o Bob's, perde a graça do relato. Então vamos lá...
Você chega no Macdonald's, o pessoal está sempre arrumado, com a camisa passada, limpinha... no Bob's não. No Bob's a pessoa tem uma eterna cara de que sofre, de que trabalha forçado, de que terminou o namoro, de que saiu de casa... e pior, no Bob's o povo sua. E o povo não sua pouco, o povo sua muito. Com direito a suor escorrendo pelo boné e 'pizza' embaixo do braço.
Eu gosto do Macdonald's porque ele me poupa de pensar. É mais ou menos assim:
- Boa tarde senhor!
- Ah! Opa, boa tarde.
- É um número 1, com batata grande e um sundae pra sobremesa?
Meu amigo, mesmo se não for você vai dizer que é. Primeiro porque você mal sabia o que começar a pedir, e a moça já estava antenada com a sobremesa. E não sei por quê, a pessoa que te atende no Bob's é meio mal educada. Ela não escuta o que você tem a dizer, ela te interrompe sem o menor pudor e ainda te olha de cara feia.
- Pois não.
- Ah, Oi! Eu queria um big bob, uma bata...
- BIG BOB VIAJANDO!!!
- Quê mais?
Enfim, comecei tudo isso pra falar do tal sanduíche de R$ 1,99 e já to me perdendo no assunto.
Perguntei pra moça:
- É... dá licença, o que tem nesse sanduíche de R$ 1,99?
- Pão, carne, alface, tomate e o molho.
Pensei eu que não podia ser ruim, afinal, carne, pão, tomate e molho tinha em todos os outros sanduíches. Ao todo comprei 7 e estranhei ao abrir o saco e constatar que tinham 8.
Fui com sede ao pote, dei a primeira mordida e de primeira me arrependi. O molho era verde, com um caldo verde e umas coisas ( desculpa escrever coisas, já me disseram que coisa lembra cocô ) também verdes. Fui no site do Bob's e descobri que o nome do molho era sauceé.
Nosso amigo Google me ensinou a fazer molho sauceé: 20g de cebola, vinagre, vinho branco, 3 gemas de ovo e estragão. Agora creio que você deve estar pensando "Estragão?". É isso mesmo, estragão. Com a ajuda do Google, descobri que estragão é uma das coisas que se usa pra fazer picles em conserva. Vejam a minha ingenuidade: uma coisa custa R$ 1,99 e um dos ingredientes se chama estragão. Isso podia fazer bem alguém?
Pior, o molho não só se contenta em ser ruim, como ele vai possuindo o seu corpo. O cheiro vai se impregnando, vai se fixando, vai se acoplando no seu corpo, de modo que, quando você acaba de comer o primeiro, você inteiro fica cheirando a estragão.
Por fim, escrevi isso tudo só pra pedir pra você deixar de ser mão-de-vaca, porque no fim não compensa, aceita o título e siga o conselho que eu vou escrevinhar: Não coma Bob's Burguer.

segunda-feira, 9 de junho de 2008

Pra quê a gente fala - oi?

Vim andando pela rua hoje, encontrei uma pessoa conhecida e como de costume fiz um gesto com a cabeça e disse:
oi.
Ela respondeu:
oi.
E cada um seguiu seu rumo. E é isso que me traz aqui, que me faz fazer essa pergunta: Por quê a gente fala oi?
Antes que me crucifiquem e comecem a duvidar que meu Qi é acima de 5, eu explico. Não estou falando do 'oi' que precede o 'tudo bem?' e o desenrolar do diálogo. Estou falando daquele 'oi' que a gente fala quando encontra alguém na rua - geralmente a gente usa esse 'oi' solitário com os semi-conhecidos. Aliás, eu tenho um certo pânico de semi-conhecidos, mas isso é assunto pra outro dia...
Perguntei a uma amiga o por que da gente falar esse oi, e ela disse: - Ora, é um cumprimento. E eu expliquei que não era o 'oi' que precedia qualquer conversa, e sim, aquele 'oi' dito no meio da rua, geralmente na correria do dia-a-dia, e que, justamente, não precedia conversa nenhuma, era um 'oi' e só. E então ela sabiamente disse: - Ah! Ainda assim é um cumprimento. A essa minha amiga e a todos que como ela pensaram: “Puxa, que idiota!”, que fique claro, eu sei o que é um cumprimento. E eu não disse que não era um cumprimento, nem perguntei 'O que é?' e sim 'Pra que serve esse oi?'
É como se tivessemos uma necessidade de afirmar que conhecemos outras pessoas, como se tivessemos que mostrar pra todo mundo que falamos com a nossa lista do Orkut.
Cansado dessa mesmice, tô pensando em inovar. Agora quando ver alguém vou dizer: 'Como vai Galisteu?' ou então: 'Eu sou fã do SBT!

sábado, 31 de maio de 2008

O medo de errar.

Eu sei que quase sempre tenho uma opinião meio própria demais sobre algumas coisas. E uma delas é sobre o erro. Conversando com uma amiga sobre isso, ela me disse que 'ninguém gosta de errar na frente dos outros, que é normal você não fazer algo que possivelmente resulte em erro por vergonha de errar na frente dos outros'. Tudo bem, eu até concordo. E é sobre isso que eu quero falar, quando o erro deixa de ser uma tentativa de aprendizado e vira uma redenção, um castigo.
O problema não é quem não gosta de errar, e sim, quem não se permite errar. Explico: Quem não gosta de errar, faz o que tem que fazer mesmo sendo passível de erros; Já quem não se permite errar, não. Não tô dizendo que alguém tenha que ficar feliz por errar, não é isso. Estou dizendo que o aprendizado faz parte da vida, e só acerta quem já errou um dia. Logo, se você não se permite errar, deixa que a vergonha de errar na frente de alguém ou até na frente de si mesmo, você acaba não aprendendo. Ou aprende pela metade.
Medo de errar é coisa que vem com o tempo. Se não tivessemos nos permitido errar quando pequenos, não teríamos nos arriscado a pronunciar as primeiras palavras. Ou não daríamos os primeiros passos. Se não nos permitíssemos arriscar, não andaríamos de carro, ou nem mesmo chegaríamos a lua – não que eu tenha ido a lua ultimamente, mas foi por falta de vontade mesmo. Não deixe que a vergonha ou o medo te impeça de fazer o que se tem vontade. E nem tenha medo e vergonha de admitir que não sabe, logo, erra.
E por fim, aonde eu quero chegar com isso tudo? Só queria dizer que errar faz parte e nunca é bom, mas é necessário para o progresso. Por fim, não goste nunca de errar, mas não se envergonhe do erro e se permita errar sempre.
Afinal, se nascessemos perfeitos, não nos chamaríamos humanos.

sexta-feira, 30 de maio de 2008

Caneta Bic !

A atriz Samantha Schmütz que, entre outros, interpreta o personagem Juninho Play no Zorra Total, conta a história da caneta Bic.



ps: Desculpa a ausência, mas se coloquem no meu lugar e pensem no quanto é desestimulante você escrever e não ter nenhum comentário? Fica o recado.

sexta-feira, 2 de maio de 2008

Uma coisa e uma besteira:

- O que está havendo com o Orkut? Eu gostava dele porque eu colocava umas fotos, mandava uns recados e uns depoimentos e ficava por isso mesmo... Coisa assim, simples, sem muita sofisticação, um visual meia boca e azul.
Mas o que está havendo com o Orkut? Cada dia que abro o Orkut sou surpreendido com uma novidade. Ora o layout está diferente, ora o álbum está diferente, ora os scraps estão diferentes... E quando parece que não tem mais o que inventar, ele começa a fazer parcerias: Orkut & Celular. Se bem me lembro, a primeira operadora a aderir foi a Claro. Você assinava alguma coisa e podia mandar scraps por mensagem de texto por celular. Outras operadoras até aderiram, mas isso não fez muito sucesso aqui no Brasil. Ou melhor, não faz, porque ainda existe, eu acho. E assim foi indo. Teve uma vez também que abri meu Orkut e minhas fotos estavam invertidas, a última era a primeira e a primeira era a última. Pra quê, caro Orkut?
Confesso também que eu mesmo pertubei meu amigo Orkut pelo aumento de fotos no álbum. 12 era pouco, eu achava. Aí ele foi indo: 25, 50, 100... 1000 fotos! Caraca, na gíria popular, paguei pela língua. Quem consegue e tem paciência pra ver 1.000 fotos de alguém?
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Depois da mulher melancia, mulher melão, mulher jaca e mulher rodízio, Ronaldo Fenômeno descobriu um novo tipo de mulher: a Mulher Banana! ( que absurdo... )

quarta-feira, 23 de abril de 2008

Tá liberado geral!

Eu odeio aquelas letras de confirmação. Você que me lê, provavelmente conhece. E claro, também odeia. E isso me deixa muito feliz!
Odiar aquelas letras de confirmação virou costume de 9 entre 10 internautas ( parece até comercial daquela pasta 'Sensodyne' ). Você descobriu um site sensacional e comenta com seu amigo ou amiga. No final da conversa, ele(a) fala:
- Que maneiro! Me passa ele!
- Ok, te mando por Orkut.
Aí você chega em casa, entra no Orkut, cola o link na página de recados do sujeito, apertar enviar e de repente surge... as letras de confirmação!
Você ouve aquela música bacana, entra no Vagalume, na hora que clica na versão para impressão, surge... as letras de confirmação!
Tem coisa mais corta clima que letra de confirmação?
E é contra essas pequenas irritações do nosso dia-a-dia que o Revolutear luta!
A Oi desbloqueou o celular. É por isso, pensando em você, - e graças ao auxílio da Julia - que agora o blog desbloqueou os comentários. Isso mesmo!
Agora você não precisa digitar aquelas letrinhas pequeninas, irritantes e coloridas para deixar registrada a sua opinião. Seu comentário é rápido, fácil e claro, sempre muito importante!

quinta-feira, 17 de abril de 2008

Uma vida que vale a pena.

A uns tempos atrás, a uns dois anos mais ou menos, no meu aniversário de 15 anos, uma amiga me presenteou com um livro muito bom. No início achei que fosse um livro de auto-ajuda, por causa do título ( A Roda da Vida, em português ). Aí fui lendo a parte de fora, fui olhando a capa e vi que era uma biografia... Biografias costumam ser desinteressantes. Quer dizer, pelo menos pra mim. Acho que a maioria das biografias que tem por aí não deveriam nem terem sido escritas. Não sei, mas tenho a impressão que essas pessoas não tem uma vida suficientemente legal para serem escritas e mostradas. Então, quando vi que era uma biografia, fiquei já meio receoso. Será que essa era uma vida interessante a ponto de ter um livro sobre ela? Ou seria só mais um desses que falam, falam e nada dizem?
Quando comecei a ler, percebi que a autora contava a própria história. Parece prepotente passar 320 páginas falando de você não é? Mas não é.
Elisabeth Kübler-Ross, a autora, consegue em 320 páginas nos levar na vida dela, como se estivessemos ali, jantando com ela, suas irmãs e seus pais. Descreve sua infância na Suíça, e de como acontece as coisas por lá. Aliás, as coisas por lá acontecem. ( O Brasil podia tomar umas aulinhas de Educação com a Suíça, por falar nisso )
As convicções que enfrentaram dogmas, preconceitos e críticas, já estavam presentes na menina suíça, quando a jovem Elisabeth se viu pela primeira vez diante das injustiças do mundo e jurou acabar com elas.
Em uma cultura determinada a varrer a morte para debaixo do tapete e escondê-la ali, Kübler-Ross desafiou o senso comum ao trazer e expor essa etapa final da existência para que não tivéssemos mais medo dela.
Sua história é uma aventura do coração, vigorosa, controvertida, inspiradora, um legado à altura de uma vida extraordinária.

Trecho do livro:

“As pessoas sempre me perguntam como é a morte. Digo-lhes que é sublime. É a coisa mais fácil que terão que fazer. A vida é dura. A vida é luta. Viver é como ir à escola. Dão a você muitas lições a estudar. Quanto mais você aprende, mais difíceis ficam as lições. Quando aprendemos as lições, a dor se vai.”
“Sei muito pouco sobre a filosofia da reencarnação. Não foi o tipo de educação que recebi. Mas sei agora que existem mistérios da mente, da psiquê, do espírito, que não podem ser examinados em microscópios ou testados com reações químicas. Com o tempo, saberei mais. Com o tempo, vou compreender.”

Uma médica cardiologista que passa a vida com doentes terminais e escreve um livro sobre a morte.
É acima de tudo, uma história de inspiração.

quarta-feira, 16 de abril de 2008

Fica ligado que o Chefe tá de olho!

Um em cada cinco executivos busca informações sobre candidatos. Cerca de 60% deles admitem que esses dados influenciam na contratação.

As empresas contam cada vez mais com a internet antes de contratar novos funcionários - Orkut, blogs e buscas podem funcionar como aliados na hora de descobrir aquilo que o candidato não divulga. Um estudo da empresa de rede social para profissionais Viadeo indica que um em cada cinco executivos procura na web informações sobre pessoas que participam de processos seletivos; 59% desses tomadores de decisão admitem que esses dados influenciam na hora de contratar.

De acordo com o site de tecnologia "ZDNet", que teve acesso ao relatório, 25% dos funcionários da área de recursos humanos já rejeitaram candidatos com base em informações divulgadas on-line. Por outro lado, os internautas continuam ignorando esse tipo de banco de dados, divulgando em sites de relacionamento, blogs ou outras páginas informações que podem prejudicá-los na hora de conseguir um emprego.

O estudo também indica que, em 13% dos casos, o RH optou por contratar pessoas depois de encontrar na internet informações positivas a seu respeito -- isso inclui conquistas ainda desconhecidas para os contratantes e também habilidades demonstradas em sites que haviam sido omitidas durante entrevistas.

"A popularização de ferramentas de busca, como o Google, significa que empregadores em potencial estão a apenas alguns cliques de informações sobre você", afirmou Peter Cunningham, gerente da Viadeo no Reino Unido, ao "ZDNet". Para chegar aos resultados, a pesquisa fez mais de 2,6 mil entrevistas via internet.
Fonte: G1

É meus queridos leitores, a internet deixou a algum tempo de ser um 'mundo virtual' e está cada vez mais se tornando real. Enquanto uns dirão 'Oba!', outros ficarão tristes com a idéia. É cada um com seu cada um, né?

terça-feira, 15 de abril de 2008

Nós na fita é sempre muito bom !

A maioria que por aqui passa deve conhecer. Mas sem dúvidas, vale a pena ver ( ou rever ) quantas vezes forem possíveis...
Dispensa qualquer comentário, aperte play e morra de rir. E claro, acompanha a agenda da peça pra ver quando vai passar na sua cidade!



Esse é sobre a relação homem x mulher



( Deixo claro que o Blog é contra a pirataria e que o vídeo a ser postado deve ser encarado como divulgação, ok? )

sexta-feira, 11 de abril de 2008

Ô mãe, poxa...

Andei ocupado, com umas urucas brabas, e não tava conseguindo passar aqui. Pra compensar minha ausência, vou colocar uma foto engraçada que encontrei aqui perdida pelo computador e que alguns de vocês talvez já tenham evitado.
A menina está no msn, com a webcam ligada, quando passa atrás dela a mãe pelada. Está feito o embaraço!

terça-feira, 1 de abril de 2008

Tem horas que a carência bate...

Sabe aquela hora que a carência bate? Você tem vontade de falar com alguém, contar alguma coisa ou sei lá mais o quê, mas não tem ninguém? Seus problemas acabaram!
Pode ser de madrugada, manhã, tarde, noite, crepúsculo, alvorada... em qualquer momento você terá onde conversar agora!
Lhes apresento a 'Sete Zoom', uma semi-deusa que conversa e interage com você.
Loucura? Acredite! Inteligência Artificial!
Ela conversa sobre qualquer coisa ( Pensarão os mais saidinhos: - qualquer coisa mesmo? )
Pois é, descubra você mesmo !

Para conversar com a Sete Zoom basta clicar aqui e se divertir!

domingo, 23 de março de 2008

Sonhando...

Hoje eu tive um sonho muito estranho, e logo que acordei abri um bloco de notas e comecei a escrever. O sonho me levou pra uma época na qual eu ainda nem existia, mas ele fez o tempo passar numa velocidade muito maior do que a minha consciência permitiria, no final dessa experiência eu me deparei com dois quadros distintos, o primeiro era de uma família com 5 membros, as crianças brincando, eu não prestei atenção nos pais, já no segundo quadro eu vi uma família com 3 membros, a estava criança entediada e sozinha, um quadro que não me é estranho, junto com a maioria dos meus primos e amigos, sou filho único e nunca fui muito ligado a minha família, a minha mãe morreu quando eu tinha 10 anos de idade, e o meu pai mais parece um fantasma que assombra a casa.

Acredite se quiser, as informações que este sonho me mostrou estavam inacreditavelmente exatas, segundo dados do IBGE as famílias no Brasil estão diminuindo em numero e tamanho, em 1980 as famílias tinham em média 4,5 membros, em 2001 esse numero caiu para 3,3 membros!

Seriam os sonhos uma espécie de conflito entre o que você é, e aquilo (que você acha) que deveria ser? O psiquiatra suíço Carl Gustav Jung acreditava que sim, ele defende que os sonhos podem induzir a um melhoramento da personalidade por meio da compensação, uma pessoa masculinizada pode sonhar com figuras femininas que tentam demonstrar ao sonhador a necessidade de uma mudança de atitude, por exemplo.

Existem relatos por toda internet dos chamados "sonhos lúcidos", cores vivas, liberdade total, velocidade instantânea, são as características mais comentadas dessa experiência tão fantástica, onde o sonhador controla o sonho e as suas ações dentro do mesmo! Tão impressionante quanto, é que foi cientificamente comprovado que até fetos humanos sonham, sabe-se lá com o que, mas sonham!

Talvez então devêssemos prestar um pouco mais de atenção nos nossos sonhos, eu sei que eu vou!

A fada dos sonhos – pintura anônima



(Eduardo Araújo)

quinta-feira, 20 de março de 2008

Boca no trombone !

Existe um lugar aqui perto de onde habito e estudo que é até bastante frequentado. ( mais pelos outros do que por mim, confesso )
O lugar se chama Bar do Adão ( Clique sobre o nome se quiser visitar o site do estabelecimento )
Já tive a oportunidade de ir algumas vezes e é sim um lugar muito legal.
Porém, como este que vos fala tem o dom de arrumar problemas, hoje tive um problema no tal 'Bar'.
Eu e meus amigos ( todos adolescentes e sem lá grandes condições financeiras ) combinamos de ir pra lá depois do colégio.
Comemos, enchemos a pança de pastel. ( muito bom por sinal ) Comi 4 pastéis e 3 Coca-Colas ( Ou seria Cocas-cola? Sei la... ), deu R$ 19,40.
No total deu R$ 124 e uns trocados. Surpresos com a conta, notamos que não teríamos condições de retribuir o atendimento do dito cujo que nos atendeu, e pagamos apenas o que a gente consumiu, sem os odiosos 10%.
E foi isso que gerou toda a confusão... O garçom deu piti, o gerente gargalhou, a gente se estressou e no final, todo mundo se F... Ok, brincadeiras à parte, a parada foi tensa.
Inconformado com a situação, escrevi para a coluna 'Qual é a furada?' do Jornal O Dia, relatando o ocorrido.
E aí vai a lenga-lenga:

"Hoje ( 19/03 ), fui com um grupo de amigos ao Bar do Adão, em Botafogo. Por um tempo, fomos bem atendidos, o garçom foi muito simpático e prestativo. Porém, quando a casa começou a encher, o garçom foi ficando nitidamente nervoso e tenso. Quando pedimos a conta, vimos que não teríamos o dinheiro para pagar os 10% de serviço, então, pagamos apenas o valor da consumação. Ele se negou a receber o dinheiro sem os 10% pois disse estar incompleto.
Quando informamos que não tinhamos o dinheiro para pagar a taxa de serviço, ele nos coagiu dizendo que ia chamar o gerente, porque aquilo não podia acontecer. Após quase meia hora de espera, o garçom retorna e ameaça: - Aqui nós trabalhamos com 10%, venham preparados da próxima vez ou então nem voltem, procurem outro bar.
Eu, como meus amigos, somos frequentadores deste estabelecimento e nunca havia nos acontecido esse tipo de problema antes. Estamos ofendidos, coagidos e tentados a não voltar mais. Peço um esclarecimento coerente, e não um 'a casa lamenta o ocorrido e o convida a retornar'.

Grato desde já pela oportunidade,

Yke Leon."

É isso aí meus caros, como disse um amigo meu que presenciou a cena: "Yke Russomano !" ( Quem entendeu, riu. Quem não entendeu, procura no google. E quem não riu... Acontece. )

sexta-feira, 14 de março de 2008

Como anda a sua fé?

No brasil, as religiões com mais seguidores são: Catolicismo, com cerca de 70% da população e o Protestantismo, com cerca de 15% da população. Ateus compõem cerca de 7% da população, mas esses numeros vem mudando muito ultimamente, em 20 anos (1980 - 2000) o numero de seguidores da igreja católica caiu quase 20%, enquanto o numero de protestantes dobrou!

A grande maioria das religiões ensina aos seus seguidores a fazer o bem, e a viver em harmonia, mas ao mesmo tempo que ensina valores, a igreja torna muitas pessoas dependentes, e em alguns casos até mesmo impotentes! A igreja age como um psicólogo invisível, ouvindo (as vezes nem isso), e o pior, tirando o dinheiro dos 'fiéis' que sofreram verdadeiras lavagens cerebrais.

É claro, a igreja construiu muitos dos pilares que sustentam a nossa sociedade até hoje, mas os contras ja estão superando os prós a muito tempo. A igreja engana, mente, rouba, faz parceria com políticos... O que era pra ser o elo entre você e ´´Deus`` tornou-se uma ferramenta de manipulação, mais uma maneira de explorar as massas.

Eu, particularmente, sou contra qualquer religião, e eu fico impressionado com pessoas que seguem com a sua fé intacta, mesmo depois dos pastores da igreja universal serem flagrados em video ensinando como arecadar mais dinheiro; dinheiro esse usado em viagens recreativas em grupos de mais de 100 pessoas, e em estadias em hoteis cinco estrelas, mas ainda pior é o caso do padres católicos que abusam sexualmente de mulheres e crianças:
"O papa Bento XVI, ex-chefe da Congregação da Doutrina da Fé – órgão do Vaticano encarregado de investigar as denúncias de abuso sexual na Igreja –, despachou para o Brasil, em setembro, uma comissão para investigar o que ocorre longe das vistas dos fiéis. O quadro encontrado pelos representantes da Santa Sé não é nada animador. (...) O trabalho realizado pelos enviados do Vaticano é guardado como segredo de confessionário. (...) Um dos capítulos desse estudo trata especificamente das relações de padres e seminaristas com a questão sexual. O documento registra que cerca de 1,7 mil padres – 10% do total – no País estão envolvidos em casos de má conduta sexual, o que inclui abuso sexual contra crianças e também contra mulheres." Afirma um dos artigos da revista ISTOÉ (16/11/2005)!

Num dos primeiros posts do blog o Yke menciona: "Certa vez, numa conversa dessas que se tem em qualquer lugar, com qualquer pessoa, um desses papo de ‘meia-tigela’ me chamou a atenção." essa pessoa qualquer seria eu, e o papo de meia tigela seria a incapacidade do ser humano ao imaginar a morte como o simples 'fim da vida'... Com isso eu quero dizer que é dificil não acreditar em alguem dizendo que pode tornar a sua vida melhor de alguma forma, que pode te tornar um ser humano melhor... É por isso que se criam as idéias de um "Criador" ou de um ser supremo - todo poderoso, etc... Ninguem suporta a idéia de estar sosinho, mas a solidão é uma condição humana!

Se ainda assim você optar pelo Catolicismo, pelo Protestantismo, ou por qualquer outra religião, reze, converse com o(s) seu(s) Deus(es). Mas não se desfaça das suas conquistas, muito menos se prive de sensações e experiençias apenas pela Igreja dizer ser pecado! Lembre-se que você é livre, e que (na maioria das vezes) julgar sem experimentar é preconceito!

Percentagem da distribuição das religiões no Brasil
(Dados do IBGE):

Veja também:

Wiki - Informações sobre as religões do Brasil na Wikipédia

Confissões obscenas - O artigo completo da ISTOÉ que revela o diário de um padre pedófilo

Entre nós... - Post em que Yke menciona uma das nossas conversas de "meia-tigela"

Youtube - Matéria da Rede Globo que mostra Edir Macedo ensinando as táticas para arecadar dinheiro dos fiéis

(Eduardo Araújo)

quarta-feira, 12 de março de 2008

O controle que todo homem queria ter...

Achei por acaso num site , o controle remoto que todo homem desejava ter.

ps: Antes que as feministas de plantão venham aqui deixar comentários, aviso que é só brincadeira, ok? O Blog não compartilha de idéias machistas e discriminatórias! [:)]

terça-feira, 11 de março de 2008

Salário mínimo, mínimo!

Trabalhador não precisa ganhar mais do que um ou dois salários mínimos. Ele tem direito a cesta básica, vale transporte, vale refeição, 1/3 do salário para viagens nas férias, 13° salário para as festas de fim de ano. Tem assistência médica, educação, segurança, tudo de primeira e gratuíto.

Satisfeitas as necessidades básicas o que recebe é suficiente para satisfazer os desejos de consumo adquirindo produtos contrabandeados, piratas, pontas de estoque, produtos de fins de feiras, com pequenos defeitos e roubados. Ainda sobra verba para comer fora com a familia nos restaurante de um real.

Não precisam de verbas de representação porque não representam nada, não precisam de auxilio moradia de 3 mil reais mensais porque ganham isso num ano e também porque onde a maioria reside, os imoveis não tem preço.

Amigo chato, quem não tem?

Descobri meio sem querer agora a pouco, um tal sujeito de sobrenome Quintana. Li uma frasezinha dessas bem curtas, com poucas palavras, mas que é daquele tipo que te faz pensar.
“Há duas espécies de chatos: os chatos propriamente ditos e... os amigos, que são os nossos chatos prediletos”.
E isso me fez pensar...
Todo mundo tem um chato na vida. Outros ainda, tem a (in)felicidade de terem mais de um. E quando falo chato, me refiro a aqueles que tendem a ser chatos-constantes, como parentes, conhecidos e o motivo deste escrito, o chato-amigo.
Eu acho que todo sentimento que existe, leva por base a amizade. E de todos os sentimentos que existem, a amizade é a mais equilibrada. O amor é uma amizade ao extremo, enquanto o ódio é a ausência dela.
E que sentimento contraditório é esse chamado amizade!
Tendemos a buscar semelhantes, e muitas vezes isso não é um processo consciente. Às vezes nos aproximamos de uma pessoa por acaso, uma coincidência que muitas vezes parece até premeditada. E quando descobrimos que temos não só aquelas semelhanças que a princípio nos uniu, mas que na verdade a cada momento passado com a outra pessoa, nota-se mais e mais semelhanças... Ah! É tão bom quando a gente encontra um amigo pra chamar de nosso.
E aí que mora a contrariedade da amizade. Às vezes não suportamos nosso(s) amigo(s). Ele é chato, pentelho, inconveniente... Tudo que você luta todo dia pra não ser, ele é. E ainda assim é seu amigo!
Na amizade surge uma compaixão que você não costuma ter... Só a amizade permite um ‘vai tomar no cú’ de boca cheia. ( mas não se anime, ela não garante os dentes ).
Mesmo após uma briga, às vezes até uma troca de sopapos e ofensas, um dos dois cede e voltam a se falar como se nada tivesse acontecido.
A amizade permite compreender os defeitos dos outros. E claro, permite que compreendam os nossos defeitos também.
E se você reclama dos seus chatos-amigos agora, terá mais o que reclamar depois de morrer.
Meu recém conhecido Mario Quintana me disse outra, que serve para explicar:
“No céu é sempre domingo. E a gente não tem outra coisa a fazer senão ouvir os chatos. E lá é ainda pior que aqui, pois se trata dos chatos de todas as épocas do mundo”.
Portanto amigo, se prepare... O chato nunca desiste de ser chato. Nasceu, vive, e vai morrer chato!
E com a ajuda da Lei de Murphy, que já dizia: ‘nada é tão ruim que não possa piorar’.

Ou seja, estamos ferrados com esses chatos... pra sempre!

segunda-feira, 10 de março de 2008

GUTS! Uma leitura leve...

O Yke anda meio sumido, nunca mais vi online no MSN, e ele anda atrasando os posts aqui no blog, é por isso que eu resolvi postar (sem a conscientização do propio) um texto muito bom que eu li alguns meses atras...

GUTS foi um dos melhores textos que eu ja li, foi escrito por Chuck Palahniuk o seu trabalho mais famoso foi o livro "Fight Club" ou no brasil "Clube da Luta", que foi adaptado para o cinema.
Avisos importantes:
1º Novamente eu aviso que postei esse texto sem a conscientização do yke, portanto se existe alguem pra ser culpado pela má qualidade, ou pelo conteudo do post esse alguem sou eu, Eduardo H.P.S. Araújo!
2º Eu sei que é gigante, mas não se intimide pelo tamanho do texto, ele fica mais interessante e envolvente a cada paragrafo!
3º O texto é extremamente pesado e de tema sexual!
Dados os avisos segue o texto abaixo:

Inspire.

Inspire o máximo de ar que conseguir. Essa estória deve durar aproximadamente o tempo que você consegue segurar sua respiração, e um pouco mais. Então escute o mais rápido que puder.

Um amigo meu aos 13 anos ouviu falar sobre "fio-terra". Isso é quando alguém enfia um consolo na bunda. Estimule a próstata o suficiente, e os rumores dizem que você pode ter orgasmos explosivos sem usar as mãos. Nessa idade, esse amigo é um pequeno maníaco sexual. Ele está sempre buscando uma melhor forma de gozar. Ele sai para comprar uma cenoura e lubrificante. Para conduzir uma pesquisa particular. Ele então imagina como seria a cena no caixa do supermercado, a solitária cenoura e o lubrificante percorrendo pela esteira o caminho até o atendente no caixa. Todos os clientes esperando na fila, observando. Todos vendo a grande noite que ele preparou.

Então, esse amigo compra leite, ovos, açúcar e uma cenoura, todos os ingredientes para um bolo de cenoura. E vaselina.

Como se ele fosse para casa enfiar um bolo de cenoura no rabo.

Em casa, ele corta a ponta da cenoura com um alicate. Ele a lubrifica e desce seu traseiro por ela. Então, nada. Nenhum orgasmo. Nada acontece, exceto pela dor.

Então, a mãe dele grita dizendo que é a hora da janta. Ela diz para descer, naquele momento.

Ele remove a cenoura e coloca a coisa pegajosa e imunda no meio das roupas sujas debaixo da cama.

Depois do jantar, ele procura pela cenoura, e não está mais lá. Todas as suas roupas sujas, enquanto ele jantava, foram recolhidas por sua mãe para lavá-las. Não havia como ela não encontrar a cenoura, cuidadosamente esculpida com uma faca da cozinha, ainda lustrosa de lubrificante e fedorenta.

Esse amigo meu, ele espera por meses na surdina, esperando que seus pais o confrontem. E eles nunca fazem isso. Nunca. Mesmo agora que ele cresceu, aquela cenoura invisível aparece em toda ceia de Natal, em toda festa de aniversário. Em toda caça de ovos de páscoa com seus filhos, os netos de seus pais, aquela cenoura fantasma paira por sobre todos eles. Isso é algo vergonhoso demais para dar um nome.

As pessoas na França possuem uma expressão: "sagacidade de escadas." Em francês: esprit de l'escalier. Representa aquele momento em que você encontra a resposta, mas é tarde demais. Digamos que você está numa festa e alguém o insulta. Você precisa dizer algo. Então sob pressão, com todos olhando, você diz algo estúpido. Mas no momento em que sai da festa....

Enquanto você desce as escadas, então - mágica. Você pensa na coisa mais perfeita que poderia ter dito. A réplica mais avassaladora.

Esse é o espírito da escada.

O problema é que até mesmo os franceses não possuem uma expressão para as coisas estúpidas que você diz sob pressão. Essas coisas estúpidas e desesperadas que você pensa ou faz.

Alguns atos são baixos demais para receberem um nome. Baixos demais para serem discutidos.

Agora que me recordo, os especialistas em psicologia dos jovens, os conselheiros escolares, dizem que a maioria dos casos de suicídio adolescente eram garotos se estrangulando enquanto se masturbavam. Seus pais o encontravam, uma toalha enrolada em volta do pescoço, a toalha amarrada no suporte de cabides do armário, o garoto morto. Esperma por toda a parte. É claro que os pais limpavam tudo. Colocavam calças no garoto. Faziam parecer... melhor. Ao menos, intencional. Um caso comum de triste suicídio adolescente.

Outro amigo meu, um garoto da escola, seu irmão mais velho na Marinha dizia como os caras do Oriente Médio se masturbavam de forma diferente do que fazemos por aqui. Esse irmão tinha desembarcado num desses países cheios de camelos, na qual o mercado público vendia o que pareciam abridores de carta chiques. Cada uma dessas coisas é apenas um fino cabo de latão ou prata polida, do comprimento aproximado de sua mão, com uma grande ponta numa das extremidades, ou uma esfera de metal ou uma dessas empunhaduras como as de espadas. Esse irmão da Marinha dizia que os árabes ficavam de pau duro e inseriam esse cabo de metal dentro e por toda a extremidade de seus paus. Eles então batiam punheta com o cabo dentro, e isso os faziam gozar melhor. De forma mais intensa.

Esse irmão mais velho viajava pelo mundo, mandando frases em francês. Frases em russo. Dicas de punhetagem.

Depois disso, o irmão mais novo, um dia ele não aparece na escola. Naquela noite, ele liga pedindo para eu pegar seus deveres de casa pelas próximas semanas. Porque ele está no hospital.

Ele tem que compartilhar um quarto com velhos que estiveram operando as entranhas. Ele diz que todos compartilham a mesma televisão. Que a única coisa para dar privacidade é uma cortina. Seus pais não o vem visitar. No telefone, ele diz como os pais dele queriam matar o irmão mais velho da Marinha.

Pelo telefone, o garoto diz que, no dia anterior, ele estava meio chapado. Em casa, no seu quarto, ele deitou-se na cama. Ele estava acendendo uma vela e folheando algumas revistas pornográficas antigas, preparando-se para bater uma. Isso foi depois que ele recebeu as notícias de seu irmão marinheiro. Aquela dica de como os árabes se masturbam. O garoto olha ao redor procurando por algo que possa servir. Uma caneta é grande demais. Um lápis, grande demais e áspero. Mas escorrendo pelo canto da vela havia um fino filete de vela derretida que poderia servir. Com as pontas dos dedos, o garoto descola o filete da vela. Ele o enrola na palma de suas mãos. Longo, e liso, e fino.

Chapado e com tesão, ele enfia lá dentro, mais e mais fundo por dentro do canal urinário de seu pau. Com uma boa parte da cera ainda para fora, ele começa o trabalho.

Até mesmo nesse momento ele reconhece que esses árabes eram caras muito espertos. Eles reinventaram totalmente a punheta. Deitado totalmente na cama, as coisas estão ficando tão boas que o garoto nem observa a filete de cera. Ele está quase gozando quando percebe que a cera não está mais lá.

O fino filete de cera entrou. Bem lá no fundo. Tão fundo que ele nem consegue sentir a cera dentro de seu pau.

Das escadas, sua mãe grita dizendo que é a hora da janta. Ela diz para ele descer naquele momento. O garoto da cenoura e o garoto da cera eram pessoas diferentes, mas viviam basicamente a mesma vida.

Depois do jantar, as entranhas do garoto começam a doer. É cera, então ele imagina que ela vá derreter dentro dele e ele poderá mijar para fora. Agora suas costas doem. Seus rins. Ele não consegue ficar ereto corretamente.

O garoto falando pelo telefone do seu quarto de hospital, no fundo pode-se ouvir campainhas, pessoas gritando. Game shows.

Os raios-X mostram a verdade, algo longo e fino, dobrado dentro de sua bexiga. Esse longo e fino V dentro dele está coletando todos os minerais no seu mijo. Está ficando maior e mais expesso, coletando cristais de cálcio, está batendo lá dentro, rasgando a frágil parede interna de sua bexiga, bloqueando a urina. Seus rins estão cheios. O pouco que sai de seu pau é vermelho de sangue.

O garoto e seus pais, a família inteira, olhando aquela chapa de raio-X com o médico e as enfermeiras ali, um grande V de cera brilhando na chapa para todos verem, ele deve falar a verdade. Sobre o jeito que os árabes se masturbam. Sobre o que o seu irmãos mais velho da Marinha escreveu.

No telefone, nesse momento, ele começa a chorar.

Eles pagam pela operação na bexiga com o dinheiro da poupança para sua faculdade. Um erro estúpido, e agora ele nunca mais será um advogado.

Enfiando coisas dentro de você. Enfiando-se dentro de coisas. Uma vela no seu pau ou seu pescoço num nó, sabíamos que não poderia acabar em problemas.

O que me fez ter problemas, eu chamava de Pesca Submarina. Isso era bater punheta embaixo d'água, sentando no fundo da piscina dos meus pais. Pegando fôlego, eu afundava até o fundo da piscina e tirava meu calção. Eu sentava no fundo por dois, três, quatro minutos.

Só de bater punheta eu tinha conseguido uma enorme capacidade pulmonar. Se eu tivesse a casa só para mim, eu faria isso a tarde toda. Depois que eu gozava, meu esperma ficava boiando em grandes e gordas gotas.

Depois disso eram mais alguns mergulhos, para apanhar todas. Para pegar todas e colocá-las em uma toalha. Por isso chamava de Pesca Submarina. Mesmo com o cloro, havia a minha irmã para se preocupar. Ou, Cristo, minha mãe.

Esse era meu maior medo: minha irmã adolescente e virgem, pensando que estava ficando gorda e dando a luz a um bebê retardado de duas cabeças. As duas parecendo-se comigo. Eu, o pai e o tio. No fim, são as coisas nais quais você não se preocupa que te pegam.

A melhor parte da Pesca Submarina era o duto da bomba do filtro. A melhor parte era ficar pelado e sentar nela.

Como os franceses dizem, Quem não gosta de ter seu cú chupado? Mesmo assim, num minuto você é só um garoto batendo uma, e no outro nunca mais será um advogado.

Num minuto eu estou no fundo da piscina e o céu é um azul claro e ondulado, aparecendo através de dois metros e meio de água sobre minha cabeça. Silêncio total exceto pelas batidas do coração que escuto em meu ouvido. Meu calção amarelo-listrado preso em volta do meu pescoço por segurança, só em caso de algum amigo, um vizinho, alguém que apareça e pergunte porque faltei aos treinos de futebol. O constante chupar da saída de água me envolve enquanto delicio minha bunda magra e branquela naquela sensação.

Num momento eu tenho ar o suficiente e meu pau está na minha mão. Meus pais estão no trabalho e minha irmão no balé. Ninguém estará em casa por horas.

Minhas mãos começam a punhetar, e eu paro. Eu subo para pegar mais ar. Afundo e sento no fundo.

Faço isso de novo, e de novo.

Deve ser por isso que garotas querem sentar na sua cara. A sucção é como dar uma cagada que nunca acaba. Meu pau duro e meu cú sendo chupado, eu não preciso de mais ar. O bater do meu coração nos ouvidos, eu fico no fundo até as brilhantes estrelas de luz começarem a surgir nos meus olhos. Minhas pernas esticadas, a batata das pernas esfregando-se contra o fundo. Meus dedos do pé ficando azul, meus dedos ficando enrugados por estar tanto tempo na água.

E então acontece. As gotas gordas de gozo aparecem. É nesse momento que preciso de mais ar. Mas quando tento sair do fundo, não consigo. Não consigo colocar meus pés abaixo de mim. Minha bunda está presa.

Médicos de plantão de emergência podem confirmar que todo ano cerca de 150 pessoas ficam presas dessa forma, sugadas pelo duto do filtro de piscina. Fique com o cabelo preso, ou o traseiro, e você vai se afogar. Todo o ano, muita gente fica. A maioria na Flórida.

As pessoas simplesmente não falam sobre isso. Nem mesmo os franceses falam sobre tudo. Colocando um joelho no fundo, colocando um pé abaixo de mim, eu empurro contra o fundo. Estou saindo, não mais sentado no fundo da piscina, mas não estou chegando para fora da água também.

Ainda nadando, mexendo meus dois braços, eu devo estar na metade do caminho para a superfície mas não estou indo mais longe que isso. O bater do meu coração no meu ouvido fica mais alto e mais forte.

As brilhantes fagulhas de luz passam pelos meus olhos, e eu olho para trás... mas não faz sentido. Uma corda espessa, algum tipo de cobra, branco-azulada e cheia de veias, saiu do duto da piscina e está segurando minha bunda. Algumas das veias estão sangrando, sangue vermelho que aparenta ser preto debaixo da água, que sai por pequenos cortes na pálida pele da cobra. O sangue começa a sumir na água, e dentro da pele fina e branco-azulada da cobra é possível ver pedaços de alguma refeição semi-digerida.

Só há uma explicação. Algum horrível monstro marinho, uma serpente do mar, algo que nunca viu a luz do dia, estava se escondendo no fundo escuro do duto da piscina, só esperando para me comer.

Então... eu chuto a coisa, chuto a pele enrugada e escorregadia cheia de veias, e parece que mais está saindo do duto. Deve ser do tamanho da minha perna nesse momento, mas ainda segurando firme no meu cú. Com outro chute, estou a centímetros de conseguir respirar. Ainda sentido a cobra presa no meu traseiro, estou bem próximo de escapar.

entro da cobra, é possível ver milho e amendoins. E dá pra ver uma brilhante esfera laranja. É um daqueles tipos de vitamina que meu pai me força a tomar, para poder ganhar massa. Para conseguir a bolsa como jogador de futebol. Com ferro e ácidos graxos Ômega 3.

Ver essa pílula foi o que me salvou a vida.

Não é uma cobra. É meu intestino grosso e meu cólon sendo puxados para fora de mim. O que os médicos chamam de prolapso de reto. São minhas entranhas sendo sugadas pelo duto.

Os médicos de plantão de emergência podem confirmar que uma bomba de piscina pode puxar 300 litros de água por minuto. Isso corresponde a 180 quilos de pressão. O grande problema é que somos todos interconectados por dentro. Seu traseiro é apenas o término da sua boca. Se eu deixasse, a bomba continuaria a puxar minhas entranhas até que chegasse na minha língua. Imagine dar uma cagada de 180 quilos e você vai perceber como isso pode acontecer.

O que eu posso dizer é que suas entranhas não sentem tanta dor. Não da forma que sua pele sente dor. As coisas que você digere, os médicos chamam de matéria fecal. No meio disso tudo está o suco gástrico, com pedaços de milho, amendoins e ervilhas.

Essa sopa de sangue, milho, merda, esperma e amendoim flutua ao meu redor. Mesmo com minhas entranhas saindo pelo meu traseiro, eu tentando segurar o que restou, mesmo assim, minha vontade é de colocar meu calção de alguma forma.

Deus proíba que meus pais vejam meu pau.

Com uma mão seguro a saída do meu rabo, com a outra mão puxo o calção amarelo-listrado do meu pescoço. Mesmo assim, é impossível puxar de volta.

Se você quer sentir como seria tocar seus intestinos, compre um camisinha feita com intestino de carneiro. Pegue uma e desenrole. Encha de manteiga de amendoim. Lubrifique e coloque debaixo d'água. Então tente rasgá-la. Tente partir em duas. É firme e ao mesmo tempo macia. É tão escorregadia que não dá para segurar.

Uma camisinha dessas é feita do bom e velho intestino.

Você então vê contra o que eu lutava.

Se eu largo, sai tudo.

Se eu nado para a superfície, sai tudo.

Se eu não nadar, me afogo.

É escolher entre morrer agora, e morrer em um minuto.

O que meus pais vão encontrar depois do trabalho é um feto grande e pelado, todo curvado. Mergulhado na árgua turva da piscina de casa. Preso ao fundo por uma larga corda de veias e entranhas retorcidas. O oposto do garoto que se estrangula enquanto bate uma. Esse é o bebê que trouxeram para casa do hospital há 13 anos. Esse é o garoto que esperavam conseguir uma bolsa de jogador de futebol e eventualmente um mestrado. Que cuidaria deles quando estivessem velhinhos. Seus sonhos e esperanças. Flutuando aqui, pelado e morto. Em volta dele, gotas gordas de esperma.

Ou isso, ou meus pais me encontrariam enrolado numa toalha encharcada de sangue, morto entre a piscina e o telefone da cozinha, os restos destroçados das minhas entranhas para fora do meu calção amarelo-listrado.

Algo sobre o qual nem os franceses falam.

Aquele irmão mais velho na Marinha, ele ensinou uma outra expressão bacana. Uma expressão russa. Do jeito que nós falamos "Preciso disso como preciso de um buraco na cabeça...," os russos dizem, "Preciso disso como preciso de dentes no meu cú......

Mne eto nado kak zuby v zadnitse.

Essas histórias de como animais presos em armadilhas roem a própria perna fora, bem, qualquer coiote poderá te confirmar que algumas mordidas são melhores que morrer.

Droga... mesmo se você for russo, um dia vai querer esses dentes.

Senão, o que você pode fazer é se curvar todo. Você coloca um cotovelo por baixo do joelho e puxa essa perna para o seu rosto. Você morde e rói seu próprio cú. Se você ficar sem ar você consegue roer qualquer coisa para poder respirar de novo.

Não é algo que seja bom contar a uma garota no primeiro encontro. Não se você espera por um beijinho de despedida. Se eu contasse como é o gosto, vocês não comeriam mais frutos do mar.

É difícil dizer o que enojaria mais meus pais: como entrei nessa situação, ou como me salvei. Depois do hospital, minha mãe dizia, "Você não sabia o que estava fazendo, querido. Você estava em choque." E ela teve que aprender a cozinhar ovos pochê.

Todas aquelas pessoas enojadas ou sentindo pena de mim....

Precisava disso como precisaria de dentes no cú.

Hoje em dia, as pessoas sempre me dizem que eu sou magrinho demais. As pessoas em jantares ficam quietas ou bravas quando não como o cozido que fizeram. Cozidos podem me matar. Presuntadas. Qualquer coisa que fique mais que algumas horas dentro de mim, sai ainda como comida. Feijões caseiros ou atum, eu levanto e encontro aquilo intacto na privada.

Depois que você passa por uma lavagem estomacal super-radical como essa, você não digere carne tão bem. A maioria das pessoas tem um metro e meio de intestino grosso. Eu tenho sorte de ainda ter meus quinze centímetros. Então nunca consegui minha bolsa de jogador de futebol. Nunca consegui meu mestrado. Meus dois amigos, o da cera e o da cenoura, eles cresceram, ficaram grandes, mas eu nunca pesei mais do que pesava aos 13 anos.

Outro problema foi que meus pais pagaram muita grana naquela piscina. No fim meu pai teve que falar para o cara da limpeza da piscina que era um cachorro. O cachorro da família caiu e se afogou. O corpo sugado pelo duto. Mesmo depois que o cara da limpeza abriu o filtro e removeu um tubo pegajoso, um pedaço molhado de intestino com uma grande vitamina laranja dentro, mesmo assim meu pai dizia, "Aquela porra daquele cachorro era maluco."

Mesmo do meu quarto no segundo andar, podia ouvir meu pai falar, "Não dava para deixar aquele cachorro sozinho por um segundo...."

E então a menstruação da minha irmã atrasou.

Mesmo depois que trocaram a água da piscina, depois que vendemos a casa e mudamos para outro estado, depois do aborto da minha irmã, mesmo depois de tudo isso meus pais nunca mencionaram mais isso novamente.

Nunca.

Essa é a nossa cenoura invisível.

Você. Agora você pode respirar.

Eu ainda não.



Alguns dos livros escritos por Chuck Palahniuk : Clube da Luta/(Fight Club 1996), Sobrevivente/(Survivor 1999), Monstros Invisíveis/(Invisible Monsters 1999), No Sufoco/(Choke 2001), Cantiga de Ninar/(Lullaby 2002), Diário/(Diary 2003), Assombro/(Haunted 2005)

domingo, 2 de março de 2008

Ovo cozido? Sim!

Receita:
1 Ovo
2 Celulares
65 Minutos para telefonar de um celular para o outro.

Montamos algo parecido com a imagem:











Iniciamos uma chamada entres os 2 celulares e deixamos durante 65 minutos aproximadamente…

- Nos primeiros 15 minutos nada acontece;
- Aos 25 minutos o ovo começa a aquecer;
- Aos 45 minutos o ovo está quente;
- Aos 65 minutos o ovo estará cozido.















Conclusão: a radiação emitida pelos celulares é capaz de modifcar as proteínas do ovo.Imagina o que ela pode fazer com as proteínas do nosso cérebro quando falamos ao celular. ( =) )

O Blog informa que não testou esta experiência, mas assustou-se com ela. Se alguém tiver tempo, paciência e conta de telefone sem limites, comunique ao Blog se é mesmo verdade.

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

Fidel diz: - Hasta la vista!

Nessa terça-feira ( 19/02/2008 ) acompanhamos um momento histórico. Está certo que a todo momento fazemos história, mas a história de terça-feira marcou a história. ( perdoe a redundância, mas gostei do efeito " a história marcou a históra " )
Piadinhas à parte, Fidel escreveu uma carta renunciando a presidência de Cuba. A renúncia foi divulgada por meio de uma carta publicada no jornal oficial do país, o "Granma".
"A meus caros compatriotas, que me deram a imensa honra de me eleger, recentemente, como membro do Parlamento (...) comunico que não desejarei nem aceitarei - repito - não desejarei nem aceitarei o cargo de Presidente do Conselho de Estado e Comandante Chefe", diz a carta.
"Desempenhei o honroso cargo de Presidente ao longo de muitos anos. (...) Sempre dispus das prerrogativas necessárias para levar adiante a obra revolucionária com o apoio da maioria do povo", continua o texto publicado nesta terça.
Fidel fala ainda das limitações que os problemas de saúde trouxeram, ressaltando que "trairia sua consciência assumir uma responsabilidade que requer mobilidade e entrega total, o que não estou em condições físicas de oferecer." E acrescenta: "Falo isso sem drama."Na carta, ele lembra que "o adversário a ser derrotado é muito forte" e encerra com uma mensagem para o povo cubano: "Não me despeço de vocês. Desejo apenas combater como um soldado das idéias. Continuarei escrevendo sob o título "Reflexões do companheiro Fidel". Será uma arma a mais no arsenal com a qual se poderá contar. Talvez minha voz seja ouvida. Serei cuidadoso".As reflexões citadas por Fidel são publicadas no "Granma", o jornal do Partido Comunista Cubano. Os textos falam de política doméstica e internacional, servindo como um meio de comunicação com a população do país e, conseqüentemente, divulgando as idéias de Fidel para o mundo todo. ( trecho )
Fidel exerce o cargo de presidente de Cuba, desde a Revolução Cubana (1958-1959), que derrubou o governo pró-americano do general Fulgêncio Batista. Só pra dar uma explicação pros mais desatentos e alienados, a Revolução Cubana tinha caráter essencialmente nacionalista e socialista, pois recebeu forte influência do 'companheiro' Ernesto Che Guevara ( conhecido como 'Che' ) e do irmão de Fidel, Raúl Castro. ( Raúl é o que está assumindo a presidência!)
Após a revolução, Fidel Castro aproxima-se da União Soviética, fazendo de Cuba uma aliada do socialismo na América-Estadunidense. Fato que fez com que os Estados Unidos passasse a tratar a ilha como uma perigosa inimiga. Os Estados Unidos, na década de 1960, implantou um bloqueio econômico a Cuba, influenciando também na expulsão do país da OEA (Organização dos Estados Americanos).
Após a revolução, Fidel implantou um sistema socialista na ilha, acabando com a desigualdade social entre os cidadãos cubanos. Durante a Guerra Fria, a economia que Fidel implantou contava com o apoio da União Soviética. Após a queda do Muro de Berlim e o fim dos regimes socialistas na Europa Oriental, Cuba começou a passar dificuldades sem os investimentos soviéticos. Atualmente, embora possua bons sistemas educacional e de saúde, os cubanos sofrem com as dificuldades financeiras.

Enfim, Fidel é um homem polêmico e de opiniões marcantes. Por onde passa, sua bravura e exemplo, deixa uma legião de seguidores e enchem a cabeça dos mais novos de um sentimento revolucionário puro, assim como seu compatriota Ernesto Guevara.
E como bem disse um desses admiradores ferrenhos ao qual tenho acesso, Carlos Eduardo [Carlucho], daqui a 30 anos, estarão os mais novos estudando o dia 19/02/2008 nos livros de história.


Ernesto 'Che' Guevara Fidel Castro