domingo, 23 de março de 2008

Sonhando...

Hoje eu tive um sonho muito estranho, e logo que acordei abri um bloco de notas e comecei a escrever. O sonho me levou pra uma época na qual eu ainda nem existia, mas ele fez o tempo passar numa velocidade muito maior do que a minha consciência permitiria, no final dessa experiência eu me deparei com dois quadros distintos, o primeiro era de uma família com 5 membros, as crianças brincando, eu não prestei atenção nos pais, já no segundo quadro eu vi uma família com 3 membros, a estava criança entediada e sozinha, um quadro que não me é estranho, junto com a maioria dos meus primos e amigos, sou filho único e nunca fui muito ligado a minha família, a minha mãe morreu quando eu tinha 10 anos de idade, e o meu pai mais parece um fantasma que assombra a casa.

Acredite se quiser, as informações que este sonho me mostrou estavam inacreditavelmente exatas, segundo dados do IBGE as famílias no Brasil estão diminuindo em numero e tamanho, em 1980 as famílias tinham em média 4,5 membros, em 2001 esse numero caiu para 3,3 membros!

Seriam os sonhos uma espécie de conflito entre o que você é, e aquilo (que você acha) que deveria ser? O psiquiatra suíço Carl Gustav Jung acreditava que sim, ele defende que os sonhos podem induzir a um melhoramento da personalidade por meio da compensação, uma pessoa masculinizada pode sonhar com figuras femininas que tentam demonstrar ao sonhador a necessidade de uma mudança de atitude, por exemplo.

Existem relatos por toda internet dos chamados "sonhos lúcidos", cores vivas, liberdade total, velocidade instantânea, são as características mais comentadas dessa experiência tão fantástica, onde o sonhador controla o sonho e as suas ações dentro do mesmo! Tão impressionante quanto, é que foi cientificamente comprovado que até fetos humanos sonham, sabe-se lá com o que, mas sonham!

Talvez então devêssemos prestar um pouco mais de atenção nos nossos sonhos, eu sei que eu vou!

A fada dos sonhos – pintura anônima



(Eduardo Araújo)

quinta-feira, 20 de março de 2008

Boca no trombone !

Existe um lugar aqui perto de onde habito e estudo que é até bastante frequentado. ( mais pelos outros do que por mim, confesso )
O lugar se chama Bar do Adão ( Clique sobre o nome se quiser visitar o site do estabelecimento )
Já tive a oportunidade de ir algumas vezes e é sim um lugar muito legal.
Porém, como este que vos fala tem o dom de arrumar problemas, hoje tive um problema no tal 'Bar'.
Eu e meus amigos ( todos adolescentes e sem lá grandes condições financeiras ) combinamos de ir pra lá depois do colégio.
Comemos, enchemos a pança de pastel. ( muito bom por sinal ) Comi 4 pastéis e 3 Coca-Colas ( Ou seria Cocas-cola? Sei la... ), deu R$ 19,40.
No total deu R$ 124 e uns trocados. Surpresos com a conta, notamos que não teríamos condições de retribuir o atendimento do dito cujo que nos atendeu, e pagamos apenas o que a gente consumiu, sem os odiosos 10%.
E foi isso que gerou toda a confusão... O garçom deu piti, o gerente gargalhou, a gente se estressou e no final, todo mundo se F... Ok, brincadeiras à parte, a parada foi tensa.
Inconformado com a situação, escrevi para a coluna 'Qual é a furada?' do Jornal O Dia, relatando o ocorrido.
E aí vai a lenga-lenga:

"Hoje ( 19/03 ), fui com um grupo de amigos ao Bar do Adão, em Botafogo. Por um tempo, fomos bem atendidos, o garçom foi muito simpático e prestativo. Porém, quando a casa começou a encher, o garçom foi ficando nitidamente nervoso e tenso. Quando pedimos a conta, vimos que não teríamos o dinheiro para pagar os 10% de serviço, então, pagamos apenas o valor da consumação. Ele se negou a receber o dinheiro sem os 10% pois disse estar incompleto.
Quando informamos que não tinhamos o dinheiro para pagar a taxa de serviço, ele nos coagiu dizendo que ia chamar o gerente, porque aquilo não podia acontecer. Após quase meia hora de espera, o garçom retorna e ameaça: - Aqui nós trabalhamos com 10%, venham preparados da próxima vez ou então nem voltem, procurem outro bar.
Eu, como meus amigos, somos frequentadores deste estabelecimento e nunca havia nos acontecido esse tipo de problema antes. Estamos ofendidos, coagidos e tentados a não voltar mais. Peço um esclarecimento coerente, e não um 'a casa lamenta o ocorrido e o convida a retornar'.

Grato desde já pela oportunidade,

Yke Leon."

É isso aí meus caros, como disse um amigo meu que presenciou a cena: "Yke Russomano !" ( Quem entendeu, riu. Quem não entendeu, procura no google. E quem não riu... Acontece. )

sexta-feira, 14 de março de 2008

Como anda a sua fé?

No brasil, as religiões com mais seguidores são: Catolicismo, com cerca de 70% da população e o Protestantismo, com cerca de 15% da população. Ateus compõem cerca de 7% da população, mas esses numeros vem mudando muito ultimamente, em 20 anos (1980 - 2000) o numero de seguidores da igreja católica caiu quase 20%, enquanto o numero de protestantes dobrou!

A grande maioria das religiões ensina aos seus seguidores a fazer o bem, e a viver em harmonia, mas ao mesmo tempo que ensina valores, a igreja torna muitas pessoas dependentes, e em alguns casos até mesmo impotentes! A igreja age como um psicólogo invisível, ouvindo (as vezes nem isso), e o pior, tirando o dinheiro dos 'fiéis' que sofreram verdadeiras lavagens cerebrais.

É claro, a igreja construiu muitos dos pilares que sustentam a nossa sociedade até hoje, mas os contras ja estão superando os prós a muito tempo. A igreja engana, mente, rouba, faz parceria com políticos... O que era pra ser o elo entre você e ´´Deus`` tornou-se uma ferramenta de manipulação, mais uma maneira de explorar as massas.

Eu, particularmente, sou contra qualquer religião, e eu fico impressionado com pessoas que seguem com a sua fé intacta, mesmo depois dos pastores da igreja universal serem flagrados em video ensinando como arecadar mais dinheiro; dinheiro esse usado em viagens recreativas em grupos de mais de 100 pessoas, e em estadias em hoteis cinco estrelas, mas ainda pior é o caso do padres católicos que abusam sexualmente de mulheres e crianças:
"O papa Bento XVI, ex-chefe da Congregação da Doutrina da Fé – órgão do Vaticano encarregado de investigar as denúncias de abuso sexual na Igreja –, despachou para o Brasil, em setembro, uma comissão para investigar o que ocorre longe das vistas dos fiéis. O quadro encontrado pelos representantes da Santa Sé não é nada animador. (...) O trabalho realizado pelos enviados do Vaticano é guardado como segredo de confessionário. (...) Um dos capítulos desse estudo trata especificamente das relações de padres e seminaristas com a questão sexual. O documento registra que cerca de 1,7 mil padres – 10% do total – no País estão envolvidos em casos de má conduta sexual, o que inclui abuso sexual contra crianças e também contra mulheres." Afirma um dos artigos da revista ISTOÉ (16/11/2005)!

Num dos primeiros posts do blog o Yke menciona: "Certa vez, numa conversa dessas que se tem em qualquer lugar, com qualquer pessoa, um desses papo de ‘meia-tigela’ me chamou a atenção." essa pessoa qualquer seria eu, e o papo de meia tigela seria a incapacidade do ser humano ao imaginar a morte como o simples 'fim da vida'... Com isso eu quero dizer que é dificil não acreditar em alguem dizendo que pode tornar a sua vida melhor de alguma forma, que pode te tornar um ser humano melhor... É por isso que se criam as idéias de um "Criador" ou de um ser supremo - todo poderoso, etc... Ninguem suporta a idéia de estar sosinho, mas a solidão é uma condição humana!

Se ainda assim você optar pelo Catolicismo, pelo Protestantismo, ou por qualquer outra religião, reze, converse com o(s) seu(s) Deus(es). Mas não se desfaça das suas conquistas, muito menos se prive de sensações e experiençias apenas pela Igreja dizer ser pecado! Lembre-se que você é livre, e que (na maioria das vezes) julgar sem experimentar é preconceito!

Percentagem da distribuição das religiões no Brasil
(Dados do IBGE):

Veja também:

Wiki - Informações sobre as religões do Brasil na Wikipédia

Confissões obscenas - O artigo completo da ISTOÉ que revela o diário de um padre pedófilo

Entre nós... - Post em que Yke menciona uma das nossas conversas de "meia-tigela"

Youtube - Matéria da Rede Globo que mostra Edir Macedo ensinando as táticas para arecadar dinheiro dos fiéis

(Eduardo Araújo)

quarta-feira, 12 de março de 2008

O controle que todo homem queria ter...

Achei por acaso num site , o controle remoto que todo homem desejava ter.

ps: Antes que as feministas de plantão venham aqui deixar comentários, aviso que é só brincadeira, ok? O Blog não compartilha de idéias machistas e discriminatórias! [:)]

terça-feira, 11 de março de 2008

Salário mínimo, mínimo!

Trabalhador não precisa ganhar mais do que um ou dois salários mínimos. Ele tem direito a cesta básica, vale transporte, vale refeição, 1/3 do salário para viagens nas férias, 13° salário para as festas de fim de ano. Tem assistência médica, educação, segurança, tudo de primeira e gratuíto.

Satisfeitas as necessidades básicas o que recebe é suficiente para satisfazer os desejos de consumo adquirindo produtos contrabandeados, piratas, pontas de estoque, produtos de fins de feiras, com pequenos defeitos e roubados. Ainda sobra verba para comer fora com a familia nos restaurante de um real.

Não precisam de verbas de representação porque não representam nada, não precisam de auxilio moradia de 3 mil reais mensais porque ganham isso num ano e também porque onde a maioria reside, os imoveis não tem preço.

Amigo chato, quem não tem?

Descobri meio sem querer agora a pouco, um tal sujeito de sobrenome Quintana. Li uma frasezinha dessas bem curtas, com poucas palavras, mas que é daquele tipo que te faz pensar.
“Há duas espécies de chatos: os chatos propriamente ditos e... os amigos, que são os nossos chatos prediletos”.
E isso me fez pensar...
Todo mundo tem um chato na vida. Outros ainda, tem a (in)felicidade de terem mais de um. E quando falo chato, me refiro a aqueles que tendem a ser chatos-constantes, como parentes, conhecidos e o motivo deste escrito, o chato-amigo.
Eu acho que todo sentimento que existe, leva por base a amizade. E de todos os sentimentos que existem, a amizade é a mais equilibrada. O amor é uma amizade ao extremo, enquanto o ódio é a ausência dela.
E que sentimento contraditório é esse chamado amizade!
Tendemos a buscar semelhantes, e muitas vezes isso não é um processo consciente. Às vezes nos aproximamos de uma pessoa por acaso, uma coincidência que muitas vezes parece até premeditada. E quando descobrimos que temos não só aquelas semelhanças que a princípio nos uniu, mas que na verdade a cada momento passado com a outra pessoa, nota-se mais e mais semelhanças... Ah! É tão bom quando a gente encontra um amigo pra chamar de nosso.
E aí que mora a contrariedade da amizade. Às vezes não suportamos nosso(s) amigo(s). Ele é chato, pentelho, inconveniente... Tudo que você luta todo dia pra não ser, ele é. E ainda assim é seu amigo!
Na amizade surge uma compaixão que você não costuma ter... Só a amizade permite um ‘vai tomar no cú’ de boca cheia. ( mas não se anime, ela não garante os dentes ).
Mesmo após uma briga, às vezes até uma troca de sopapos e ofensas, um dos dois cede e voltam a se falar como se nada tivesse acontecido.
A amizade permite compreender os defeitos dos outros. E claro, permite que compreendam os nossos defeitos também.
E se você reclama dos seus chatos-amigos agora, terá mais o que reclamar depois de morrer.
Meu recém conhecido Mario Quintana me disse outra, que serve para explicar:
“No céu é sempre domingo. E a gente não tem outra coisa a fazer senão ouvir os chatos. E lá é ainda pior que aqui, pois se trata dos chatos de todas as épocas do mundo”.
Portanto amigo, se prepare... O chato nunca desiste de ser chato. Nasceu, vive, e vai morrer chato!
E com a ajuda da Lei de Murphy, que já dizia: ‘nada é tão ruim que não possa piorar’.

Ou seja, estamos ferrados com esses chatos... pra sempre!

segunda-feira, 10 de março de 2008

GUTS! Uma leitura leve...

O Yke anda meio sumido, nunca mais vi online no MSN, e ele anda atrasando os posts aqui no blog, é por isso que eu resolvi postar (sem a conscientização do propio) um texto muito bom que eu li alguns meses atras...

GUTS foi um dos melhores textos que eu ja li, foi escrito por Chuck Palahniuk o seu trabalho mais famoso foi o livro "Fight Club" ou no brasil "Clube da Luta", que foi adaptado para o cinema.
Avisos importantes:
1º Novamente eu aviso que postei esse texto sem a conscientização do yke, portanto se existe alguem pra ser culpado pela má qualidade, ou pelo conteudo do post esse alguem sou eu, Eduardo H.P.S. Araújo!
2º Eu sei que é gigante, mas não se intimide pelo tamanho do texto, ele fica mais interessante e envolvente a cada paragrafo!
3º O texto é extremamente pesado e de tema sexual!
Dados os avisos segue o texto abaixo:

Inspire.

Inspire o máximo de ar que conseguir. Essa estória deve durar aproximadamente o tempo que você consegue segurar sua respiração, e um pouco mais. Então escute o mais rápido que puder.

Um amigo meu aos 13 anos ouviu falar sobre "fio-terra". Isso é quando alguém enfia um consolo na bunda. Estimule a próstata o suficiente, e os rumores dizem que você pode ter orgasmos explosivos sem usar as mãos. Nessa idade, esse amigo é um pequeno maníaco sexual. Ele está sempre buscando uma melhor forma de gozar. Ele sai para comprar uma cenoura e lubrificante. Para conduzir uma pesquisa particular. Ele então imagina como seria a cena no caixa do supermercado, a solitária cenoura e o lubrificante percorrendo pela esteira o caminho até o atendente no caixa. Todos os clientes esperando na fila, observando. Todos vendo a grande noite que ele preparou.

Então, esse amigo compra leite, ovos, açúcar e uma cenoura, todos os ingredientes para um bolo de cenoura. E vaselina.

Como se ele fosse para casa enfiar um bolo de cenoura no rabo.

Em casa, ele corta a ponta da cenoura com um alicate. Ele a lubrifica e desce seu traseiro por ela. Então, nada. Nenhum orgasmo. Nada acontece, exceto pela dor.

Então, a mãe dele grita dizendo que é a hora da janta. Ela diz para descer, naquele momento.

Ele remove a cenoura e coloca a coisa pegajosa e imunda no meio das roupas sujas debaixo da cama.

Depois do jantar, ele procura pela cenoura, e não está mais lá. Todas as suas roupas sujas, enquanto ele jantava, foram recolhidas por sua mãe para lavá-las. Não havia como ela não encontrar a cenoura, cuidadosamente esculpida com uma faca da cozinha, ainda lustrosa de lubrificante e fedorenta.

Esse amigo meu, ele espera por meses na surdina, esperando que seus pais o confrontem. E eles nunca fazem isso. Nunca. Mesmo agora que ele cresceu, aquela cenoura invisível aparece em toda ceia de Natal, em toda festa de aniversário. Em toda caça de ovos de páscoa com seus filhos, os netos de seus pais, aquela cenoura fantasma paira por sobre todos eles. Isso é algo vergonhoso demais para dar um nome.

As pessoas na França possuem uma expressão: "sagacidade de escadas." Em francês: esprit de l'escalier. Representa aquele momento em que você encontra a resposta, mas é tarde demais. Digamos que você está numa festa e alguém o insulta. Você precisa dizer algo. Então sob pressão, com todos olhando, você diz algo estúpido. Mas no momento em que sai da festa....

Enquanto você desce as escadas, então - mágica. Você pensa na coisa mais perfeita que poderia ter dito. A réplica mais avassaladora.

Esse é o espírito da escada.

O problema é que até mesmo os franceses não possuem uma expressão para as coisas estúpidas que você diz sob pressão. Essas coisas estúpidas e desesperadas que você pensa ou faz.

Alguns atos são baixos demais para receberem um nome. Baixos demais para serem discutidos.

Agora que me recordo, os especialistas em psicologia dos jovens, os conselheiros escolares, dizem que a maioria dos casos de suicídio adolescente eram garotos se estrangulando enquanto se masturbavam. Seus pais o encontravam, uma toalha enrolada em volta do pescoço, a toalha amarrada no suporte de cabides do armário, o garoto morto. Esperma por toda a parte. É claro que os pais limpavam tudo. Colocavam calças no garoto. Faziam parecer... melhor. Ao menos, intencional. Um caso comum de triste suicídio adolescente.

Outro amigo meu, um garoto da escola, seu irmão mais velho na Marinha dizia como os caras do Oriente Médio se masturbavam de forma diferente do que fazemos por aqui. Esse irmão tinha desembarcado num desses países cheios de camelos, na qual o mercado público vendia o que pareciam abridores de carta chiques. Cada uma dessas coisas é apenas um fino cabo de latão ou prata polida, do comprimento aproximado de sua mão, com uma grande ponta numa das extremidades, ou uma esfera de metal ou uma dessas empunhaduras como as de espadas. Esse irmão da Marinha dizia que os árabes ficavam de pau duro e inseriam esse cabo de metal dentro e por toda a extremidade de seus paus. Eles então batiam punheta com o cabo dentro, e isso os faziam gozar melhor. De forma mais intensa.

Esse irmão mais velho viajava pelo mundo, mandando frases em francês. Frases em russo. Dicas de punhetagem.

Depois disso, o irmão mais novo, um dia ele não aparece na escola. Naquela noite, ele liga pedindo para eu pegar seus deveres de casa pelas próximas semanas. Porque ele está no hospital.

Ele tem que compartilhar um quarto com velhos que estiveram operando as entranhas. Ele diz que todos compartilham a mesma televisão. Que a única coisa para dar privacidade é uma cortina. Seus pais não o vem visitar. No telefone, ele diz como os pais dele queriam matar o irmão mais velho da Marinha.

Pelo telefone, o garoto diz que, no dia anterior, ele estava meio chapado. Em casa, no seu quarto, ele deitou-se na cama. Ele estava acendendo uma vela e folheando algumas revistas pornográficas antigas, preparando-se para bater uma. Isso foi depois que ele recebeu as notícias de seu irmão marinheiro. Aquela dica de como os árabes se masturbam. O garoto olha ao redor procurando por algo que possa servir. Uma caneta é grande demais. Um lápis, grande demais e áspero. Mas escorrendo pelo canto da vela havia um fino filete de vela derretida que poderia servir. Com as pontas dos dedos, o garoto descola o filete da vela. Ele o enrola na palma de suas mãos. Longo, e liso, e fino.

Chapado e com tesão, ele enfia lá dentro, mais e mais fundo por dentro do canal urinário de seu pau. Com uma boa parte da cera ainda para fora, ele começa o trabalho.

Até mesmo nesse momento ele reconhece que esses árabes eram caras muito espertos. Eles reinventaram totalmente a punheta. Deitado totalmente na cama, as coisas estão ficando tão boas que o garoto nem observa a filete de cera. Ele está quase gozando quando percebe que a cera não está mais lá.

O fino filete de cera entrou. Bem lá no fundo. Tão fundo que ele nem consegue sentir a cera dentro de seu pau.

Das escadas, sua mãe grita dizendo que é a hora da janta. Ela diz para ele descer naquele momento. O garoto da cenoura e o garoto da cera eram pessoas diferentes, mas viviam basicamente a mesma vida.

Depois do jantar, as entranhas do garoto começam a doer. É cera, então ele imagina que ela vá derreter dentro dele e ele poderá mijar para fora. Agora suas costas doem. Seus rins. Ele não consegue ficar ereto corretamente.

O garoto falando pelo telefone do seu quarto de hospital, no fundo pode-se ouvir campainhas, pessoas gritando. Game shows.

Os raios-X mostram a verdade, algo longo e fino, dobrado dentro de sua bexiga. Esse longo e fino V dentro dele está coletando todos os minerais no seu mijo. Está ficando maior e mais expesso, coletando cristais de cálcio, está batendo lá dentro, rasgando a frágil parede interna de sua bexiga, bloqueando a urina. Seus rins estão cheios. O pouco que sai de seu pau é vermelho de sangue.

O garoto e seus pais, a família inteira, olhando aquela chapa de raio-X com o médico e as enfermeiras ali, um grande V de cera brilhando na chapa para todos verem, ele deve falar a verdade. Sobre o jeito que os árabes se masturbam. Sobre o que o seu irmãos mais velho da Marinha escreveu.

No telefone, nesse momento, ele começa a chorar.

Eles pagam pela operação na bexiga com o dinheiro da poupança para sua faculdade. Um erro estúpido, e agora ele nunca mais será um advogado.

Enfiando coisas dentro de você. Enfiando-se dentro de coisas. Uma vela no seu pau ou seu pescoço num nó, sabíamos que não poderia acabar em problemas.

O que me fez ter problemas, eu chamava de Pesca Submarina. Isso era bater punheta embaixo d'água, sentando no fundo da piscina dos meus pais. Pegando fôlego, eu afundava até o fundo da piscina e tirava meu calção. Eu sentava no fundo por dois, três, quatro minutos.

Só de bater punheta eu tinha conseguido uma enorme capacidade pulmonar. Se eu tivesse a casa só para mim, eu faria isso a tarde toda. Depois que eu gozava, meu esperma ficava boiando em grandes e gordas gotas.

Depois disso eram mais alguns mergulhos, para apanhar todas. Para pegar todas e colocá-las em uma toalha. Por isso chamava de Pesca Submarina. Mesmo com o cloro, havia a minha irmã para se preocupar. Ou, Cristo, minha mãe.

Esse era meu maior medo: minha irmã adolescente e virgem, pensando que estava ficando gorda e dando a luz a um bebê retardado de duas cabeças. As duas parecendo-se comigo. Eu, o pai e o tio. No fim, são as coisas nais quais você não se preocupa que te pegam.

A melhor parte da Pesca Submarina era o duto da bomba do filtro. A melhor parte era ficar pelado e sentar nela.

Como os franceses dizem, Quem não gosta de ter seu cú chupado? Mesmo assim, num minuto você é só um garoto batendo uma, e no outro nunca mais será um advogado.

Num minuto eu estou no fundo da piscina e o céu é um azul claro e ondulado, aparecendo através de dois metros e meio de água sobre minha cabeça. Silêncio total exceto pelas batidas do coração que escuto em meu ouvido. Meu calção amarelo-listrado preso em volta do meu pescoço por segurança, só em caso de algum amigo, um vizinho, alguém que apareça e pergunte porque faltei aos treinos de futebol. O constante chupar da saída de água me envolve enquanto delicio minha bunda magra e branquela naquela sensação.

Num momento eu tenho ar o suficiente e meu pau está na minha mão. Meus pais estão no trabalho e minha irmão no balé. Ninguém estará em casa por horas.

Minhas mãos começam a punhetar, e eu paro. Eu subo para pegar mais ar. Afundo e sento no fundo.

Faço isso de novo, e de novo.

Deve ser por isso que garotas querem sentar na sua cara. A sucção é como dar uma cagada que nunca acaba. Meu pau duro e meu cú sendo chupado, eu não preciso de mais ar. O bater do meu coração nos ouvidos, eu fico no fundo até as brilhantes estrelas de luz começarem a surgir nos meus olhos. Minhas pernas esticadas, a batata das pernas esfregando-se contra o fundo. Meus dedos do pé ficando azul, meus dedos ficando enrugados por estar tanto tempo na água.

E então acontece. As gotas gordas de gozo aparecem. É nesse momento que preciso de mais ar. Mas quando tento sair do fundo, não consigo. Não consigo colocar meus pés abaixo de mim. Minha bunda está presa.

Médicos de plantão de emergência podem confirmar que todo ano cerca de 150 pessoas ficam presas dessa forma, sugadas pelo duto do filtro de piscina. Fique com o cabelo preso, ou o traseiro, e você vai se afogar. Todo o ano, muita gente fica. A maioria na Flórida.

As pessoas simplesmente não falam sobre isso. Nem mesmo os franceses falam sobre tudo. Colocando um joelho no fundo, colocando um pé abaixo de mim, eu empurro contra o fundo. Estou saindo, não mais sentado no fundo da piscina, mas não estou chegando para fora da água também.

Ainda nadando, mexendo meus dois braços, eu devo estar na metade do caminho para a superfície mas não estou indo mais longe que isso. O bater do meu coração no meu ouvido fica mais alto e mais forte.

As brilhantes fagulhas de luz passam pelos meus olhos, e eu olho para trás... mas não faz sentido. Uma corda espessa, algum tipo de cobra, branco-azulada e cheia de veias, saiu do duto da piscina e está segurando minha bunda. Algumas das veias estão sangrando, sangue vermelho que aparenta ser preto debaixo da água, que sai por pequenos cortes na pálida pele da cobra. O sangue começa a sumir na água, e dentro da pele fina e branco-azulada da cobra é possível ver pedaços de alguma refeição semi-digerida.

Só há uma explicação. Algum horrível monstro marinho, uma serpente do mar, algo que nunca viu a luz do dia, estava se escondendo no fundo escuro do duto da piscina, só esperando para me comer.

Então... eu chuto a coisa, chuto a pele enrugada e escorregadia cheia de veias, e parece que mais está saindo do duto. Deve ser do tamanho da minha perna nesse momento, mas ainda segurando firme no meu cú. Com outro chute, estou a centímetros de conseguir respirar. Ainda sentido a cobra presa no meu traseiro, estou bem próximo de escapar.

entro da cobra, é possível ver milho e amendoins. E dá pra ver uma brilhante esfera laranja. É um daqueles tipos de vitamina que meu pai me força a tomar, para poder ganhar massa. Para conseguir a bolsa como jogador de futebol. Com ferro e ácidos graxos Ômega 3.

Ver essa pílula foi o que me salvou a vida.

Não é uma cobra. É meu intestino grosso e meu cólon sendo puxados para fora de mim. O que os médicos chamam de prolapso de reto. São minhas entranhas sendo sugadas pelo duto.

Os médicos de plantão de emergência podem confirmar que uma bomba de piscina pode puxar 300 litros de água por minuto. Isso corresponde a 180 quilos de pressão. O grande problema é que somos todos interconectados por dentro. Seu traseiro é apenas o término da sua boca. Se eu deixasse, a bomba continuaria a puxar minhas entranhas até que chegasse na minha língua. Imagine dar uma cagada de 180 quilos e você vai perceber como isso pode acontecer.

O que eu posso dizer é que suas entranhas não sentem tanta dor. Não da forma que sua pele sente dor. As coisas que você digere, os médicos chamam de matéria fecal. No meio disso tudo está o suco gástrico, com pedaços de milho, amendoins e ervilhas.

Essa sopa de sangue, milho, merda, esperma e amendoim flutua ao meu redor. Mesmo com minhas entranhas saindo pelo meu traseiro, eu tentando segurar o que restou, mesmo assim, minha vontade é de colocar meu calção de alguma forma.

Deus proíba que meus pais vejam meu pau.

Com uma mão seguro a saída do meu rabo, com a outra mão puxo o calção amarelo-listrado do meu pescoço. Mesmo assim, é impossível puxar de volta.

Se você quer sentir como seria tocar seus intestinos, compre um camisinha feita com intestino de carneiro. Pegue uma e desenrole. Encha de manteiga de amendoim. Lubrifique e coloque debaixo d'água. Então tente rasgá-la. Tente partir em duas. É firme e ao mesmo tempo macia. É tão escorregadia que não dá para segurar.

Uma camisinha dessas é feita do bom e velho intestino.

Você então vê contra o que eu lutava.

Se eu largo, sai tudo.

Se eu nado para a superfície, sai tudo.

Se eu não nadar, me afogo.

É escolher entre morrer agora, e morrer em um minuto.

O que meus pais vão encontrar depois do trabalho é um feto grande e pelado, todo curvado. Mergulhado na árgua turva da piscina de casa. Preso ao fundo por uma larga corda de veias e entranhas retorcidas. O oposto do garoto que se estrangula enquanto bate uma. Esse é o bebê que trouxeram para casa do hospital há 13 anos. Esse é o garoto que esperavam conseguir uma bolsa de jogador de futebol e eventualmente um mestrado. Que cuidaria deles quando estivessem velhinhos. Seus sonhos e esperanças. Flutuando aqui, pelado e morto. Em volta dele, gotas gordas de esperma.

Ou isso, ou meus pais me encontrariam enrolado numa toalha encharcada de sangue, morto entre a piscina e o telefone da cozinha, os restos destroçados das minhas entranhas para fora do meu calção amarelo-listrado.

Algo sobre o qual nem os franceses falam.

Aquele irmão mais velho na Marinha, ele ensinou uma outra expressão bacana. Uma expressão russa. Do jeito que nós falamos "Preciso disso como preciso de um buraco na cabeça...," os russos dizem, "Preciso disso como preciso de dentes no meu cú......

Mne eto nado kak zuby v zadnitse.

Essas histórias de como animais presos em armadilhas roem a própria perna fora, bem, qualquer coiote poderá te confirmar que algumas mordidas são melhores que morrer.

Droga... mesmo se você for russo, um dia vai querer esses dentes.

Senão, o que você pode fazer é se curvar todo. Você coloca um cotovelo por baixo do joelho e puxa essa perna para o seu rosto. Você morde e rói seu próprio cú. Se você ficar sem ar você consegue roer qualquer coisa para poder respirar de novo.

Não é algo que seja bom contar a uma garota no primeiro encontro. Não se você espera por um beijinho de despedida. Se eu contasse como é o gosto, vocês não comeriam mais frutos do mar.

É difícil dizer o que enojaria mais meus pais: como entrei nessa situação, ou como me salvei. Depois do hospital, minha mãe dizia, "Você não sabia o que estava fazendo, querido. Você estava em choque." E ela teve que aprender a cozinhar ovos pochê.

Todas aquelas pessoas enojadas ou sentindo pena de mim....

Precisava disso como precisaria de dentes no cú.

Hoje em dia, as pessoas sempre me dizem que eu sou magrinho demais. As pessoas em jantares ficam quietas ou bravas quando não como o cozido que fizeram. Cozidos podem me matar. Presuntadas. Qualquer coisa que fique mais que algumas horas dentro de mim, sai ainda como comida. Feijões caseiros ou atum, eu levanto e encontro aquilo intacto na privada.

Depois que você passa por uma lavagem estomacal super-radical como essa, você não digere carne tão bem. A maioria das pessoas tem um metro e meio de intestino grosso. Eu tenho sorte de ainda ter meus quinze centímetros. Então nunca consegui minha bolsa de jogador de futebol. Nunca consegui meu mestrado. Meus dois amigos, o da cera e o da cenoura, eles cresceram, ficaram grandes, mas eu nunca pesei mais do que pesava aos 13 anos.

Outro problema foi que meus pais pagaram muita grana naquela piscina. No fim meu pai teve que falar para o cara da limpeza da piscina que era um cachorro. O cachorro da família caiu e se afogou. O corpo sugado pelo duto. Mesmo depois que o cara da limpeza abriu o filtro e removeu um tubo pegajoso, um pedaço molhado de intestino com uma grande vitamina laranja dentro, mesmo assim meu pai dizia, "Aquela porra daquele cachorro era maluco."

Mesmo do meu quarto no segundo andar, podia ouvir meu pai falar, "Não dava para deixar aquele cachorro sozinho por um segundo...."

E então a menstruação da minha irmã atrasou.

Mesmo depois que trocaram a água da piscina, depois que vendemos a casa e mudamos para outro estado, depois do aborto da minha irmã, mesmo depois de tudo isso meus pais nunca mencionaram mais isso novamente.

Nunca.

Essa é a nossa cenoura invisível.

Você. Agora você pode respirar.

Eu ainda não.



Alguns dos livros escritos por Chuck Palahniuk : Clube da Luta/(Fight Club 1996), Sobrevivente/(Survivor 1999), Monstros Invisíveis/(Invisible Monsters 1999), No Sufoco/(Choke 2001), Cantiga de Ninar/(Lullaby 2002), Diário/(Diary 2003), Assombro/(Haunted 2005)

domingo, 2 de março de 2008

Ovo cozido? Sim!

Receita:
1 Ovo
2 Celulares
65 Minutos para telefonar de um celular para o outro.

Montamos algo parecido com a imagem:











Iniciamos uma chamada entres os 2 celulares e deixamos durante 65 minutos aproximadamente…

- Nos primeiros 15 minutos nada acontece;
- Aos 25 minutos o ovo começa a aquecer;
- Aos 45 minutos o ovo está quente;
- Aos 65 minutos o ovo estará cozido.















Conclusão: a radiação emitida pelos celulares é capaz de modifcar as proteínas do ovo.Imagina o que ela pode fazer com as proteínas do nosso cérebro quando falamos ao celular. ( =) )

O Blog informa que não testou esta experiência, mas assustou-se com ela. Se alguém tiver tempo, paciência e conta de telefone sem limites, comunique ao Blog se é mesmo verdade.