domingo, 28 de dezembro de 2008

Mallu Magalhães, quem é você?

Quanto mais conheço a Mallu Magalhães, menos gosto. Tudo nela é muito esquisito. O cd dela podia ter uma música só, porque quase não se nota diferença entre uma e outra. É muito “dabi dubi” com “luba da” e “papapa”. Eu chego a me perguntar se o que ela canta é inglês mesmo ou ela só põe o título da música em inglês e engana a gente com uma linguagem própria.
Outra coisa esquisita é essa exacerbação de patrocínio. A Vivo patrocina tudo dela! Celular Vivo com conteúdo da Mallu, camisas Vivo com a cara da Mallu... até o blog da Mallu é dentro do site da Vivo! E alguém sabe me responder porque ela só aparece no Altas Horas e na Mtv? Falando em Altas Horas, quem viu o programa neste Domingo constatou o quão tosca ela é. As pessoas – inclusive o próprio apresentador – faziam perguntas a ela e obtinham como resposta coisas como: “Demais.” / “Aham.”/ “Foi difícil”. O cúmulo, pra mim, foi o apresentador ter perguntado a ela o que de melhor aconteceu em 2008 e após uns 10 segundos de completo silêncio, ela ter dito: “Ah, acho que foi ter vencido o medo de andar de avião...”
Li uma entrevista dela a Editora Abril e um monte de respostas dela estão no documentário 'Don't Look Back' sobre o Bob Dylan. Acredito que seja muito divertido ter uma jovenzinha gostando de músicas de grandes sujeitos, mas isso não é tudo. Eu acho ela muito pré-fabricada.
Pré-fabricada, aliás, remete ao título de uma música da ex-banda do atual namorado dela. E não podia terminar de citar essa relação, que não é tão bizarra quanto eu pensava. Vou poupar as minhas palavras, colocando um trecho de um post do Marcos Mion seu blog:
“[Camelo] é o Capitão Caverna misturado com o Saddam Hussein, e não é nas épocas boas, não! Enfim, o mais stranger in the night é que ele aparenta ter bem mais...mas tudo bem, porque também achava que ela tinha bem menos!”, finalizou Mion.
Já eu, finalizo o post com minha mais nova descoberta: Soko. Conhecem? Nem eu conhecia, mas quem é capaz de dizer que ela não é igualzinha a Mallu Magalhães? Clique aqui e veja.

Ps: Se algum fã-cego dela vier aqui me xingar, vou mandar tomar no “Tchubaruba”.

sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

Um Natal um tanto vazio

Brincadeiras a parte, sem querer ser corta o clima, mas eu não tenho esse espírito que a maioria parece ter no Natal. Não sei se as pessoas sentem, de fato, cada palavra daquelas que se diz e manda via e-mail, mas Natal não quer me dizer nada.
Concordo que no Natal as pessoas estão mais fraternas, mais solidárias, mais doadas... mas ainda assim, acho hipocrisia. Talvez uma hipocrisia até involuntária, que passa de geração em geração, mas ainda assim uma hipocrisia. Amor, fraternidade, solidariedade, com hora marcada, não me soa bem. Não acho que esses sentimentos tenham que acontecer em um dia e hora específicos, acredito que se deva ser fraterno, amoroso e solidário, todos os dias do ano.
Natal, em suma, é só uma data pra se fazer uma comida mais elaborada e -quando sim- ganhar ou receber meia dúzia de presentes, que obrigatoriamente devem ser comprados, ainda que você esteja numa completa falência. Porque de resto, não acredito que transforme ou renove ninguém. Natal tem sido uma data vazia, um tanto falsa até. Concluo com uma frase do Harlan Miller que diz: "Eu queria que pudéssemos guardar um pouco do espírito do natal em potes, e abrir um pote a cada mês". É mais ou menos assim que eu penso.

domingo, 14 de dezembro de 2008

No dia que tudo tiver vida...

Imagina o dia em que tudo for tão tecnologicamente desenvolvido que tenha a capacidade de raciocinar sozinho e tomar as próprias decisões?
Imagina um dia uma cafeteira parando porque está cansada de fazer tanto café ou um copo já 'cheio' de se molhar? Isso no dia que o teclado tomar uma atitude e se revoltar contra as agressões que o fazem, ou que o mouse resolva não mais rolar, e sim, ficar lá estático em cima da sua mesa.
Pensa no dia que seu monitor cansar de acender, que o seu prato não queira mais se sujar, que o seu garfo e faca desistam, respectivamente, de furar e cortar, porque acreditam mais que a vida deve ser levada na paz, na Era de Aquário.
No dia que isso acontecer, o seu carro não vai mais querer te levar para o trabalho, as caixas de som se emudecerão, a cama não mais aguentará o peso dos seus problemas e a sua câmera vai se recusar a registrar tantos momentos e vai em busca de um momento dela.
Ah! No dia que tudo que for irracional ganhar alma, ainda que high-tech, as pessoas notarão que elas desperdiçaram o que sempre tiveram: o cérebro.

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

Tele-help-marketing.

Estar de férias é bom. O ruim é quando o mundo descobre isso e resolve te ligar.
A mulher ligou pra minha casa hoje e disse:
Boa tarde, posso falar com a Dona Maria Auxiliadora?
Não é daqui não.
Não tem nenhuma Maria Auxiliadora aí?
Dá vontade de responder: - Na verdade tem, eu é que gosto de fazer essas brincadeirinhas pelo telefone...
Pior que telemarketing, só telemarketing filantrópico. Ajudar crianças, idosos, pessoas com câncer, Aids, hanseníase e até refugiados do temporal de Santa Catarina.
Isso me fez lembrar uma mulher que ligou pra cá e disse que eu tinha que contribuir porque “amigos vizinhos” estavam contribuindo. O que eu tenho a ver com isso? Só porque eles doam eu tenho que doar? E quem diabos são “amigos vizinhos”? Como ela sabe quem é meu amigo e quem não é? Agora, além da lista telefônica, ela deve ter um perfil no Orkut também. Analisa quem te manda depoimento, recado e faz essas análises de amizade. Só pode.

segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

O Verão vem aí... e daí?

Eu não entendo esse fascínio com o Verão. Parece que as outras três estações não tem a menor importância, que o que valhe de fato é o Verão. Por quê? Não é querendo ser do contra, mas a partir de agora, vou investir em outra estação, sei lá, talvez no Outono. Ninguém liga pro Outono. Todo mundo sabe quando está no Verão, mas ninguém sabe quando o Outono dá as caras. Vamos parar com essa segregação. O que o Verão tem que as outras estações não tem? Se a gente ainda vivesse num país onde as estações fossem bem definidas, o Inverno fosse o frio polar, o Outono aquele amarelo-alaranjado das folhas secas, a Primavera aquele verde-natureza que salta aos olhos, aí sim, o Verão mereceria ter essa importância toda. Mas nós vivemos no Brasil, o ano inteiro é calor, o ano inteiro tem praia, o ano inteiro é um grande Verão.