quinta-feira, 18 de junho de 2009

Rotina.

Desde o início do ano venho pensando em escrever um texto sobre essa rotina desgastante e chata que estou vivendo neste último ano de colégio. Mas devido a esta mesma rotina, mal ando tendo tempo de viver, o que dirá escrever.
Passando pelo blog Avante com as Letrinhas, achei um texto que diz tudo que eu pretendia falar e mais um pouco, portanto, transcrevo-o aqui:
“Cansei da realidade.

Tédio total essa vidinha parada e comum que somos obrigados a viver. Simplesmente não suporto mais essa normalidade, essa mediocridade, essa rotina ensaiada, sempre as mesmas coisas.
Não quero mais cinemas com pipoca fria, encontros em cafés com papos ensaiados, não quero mais os flertes iguais e contínuos via internet. Eu quero uma aventura cinematográfica!
Eu quero uma trama ainda não pensada, uma personagem que eu vou criar, cenas que deixem aquele frio na barriga e que vez ou outra, façam a lágrima querer descer.
Eu quero a incerteza de um roteiro bem bolado, uma fotografia bonita, por favor.
Diálogos inteligentes, filosóficos e casuais, uma mistura simpática de tudo que os filmes têm de melhor.
Eu quero beijos com trilha sonora, olhares marcantes, frases não ditas, mas imaginadas por quem assiste enquanto, em casa, come brigadeiro.
Nada do que eu já vi, ou já vivi. Eu desejo uma mistura de tudo que já imaginei e do que com certeza vai me surpreender.
Quero uma paixão que vá além da compreensão, das expectativas. Uma vivência que me rasgue a roupa, o juízo e o coração, se for preciso. Eu quero luz, câmeras e muita ação.
Quero das cenas mais clichês à inexperadas, e todo o tipo de reação. Quero surpresas e aquele primeiro beijo já esperado, mas que causa o mesmo efeito de surpresa.
Quero as conhecidências, os lugares, os amores que só aparecem nessas telas.
Espero uma história bonita, inusitada, encantadora, que me tire do sério e me torne protagonista dessa trama envolvente.
Essa vida de novela das oito é muito chata, eu quero mesmo um filme. De cinema americado, francês, italiano, coreano, brasilero. Eu quero uma grande confusão, uma mistura, o filme que por agora é só um trailler na minha cabeça.
Não esquecendo do(talvez) mais importante. Quero um final que seja avassalador. Que seja no ponto, medido. Bonito o suficiente pra deixar sorrisos e lágrimas no rosto e não tão clichê pra alguém dizer que já o esperava. Quero um fim que dê frio na barriga até mesmo quando os créditos começarem a rolar.
Cansei da minha vida real, estou farta das mesmas coisas, de saber o que esperar, de enxergar tudo sem lirismo, sem poesia e sem emoção.
Desligo-me do mundo agora, da rotina que cansei de ensaiar.
Vou fixar-me nas telas, do que já foi feito, pra sonhar com a verdade que invento, da vida que desejo, do romance cinematográfico que eu quero viver.”

sexta-feira, 12 de junho de 2009

Zumbis existem?

De acordo com as minhas mais recentes pesquisas, EXISTEM!
Mas calma aí, não falo de humanos zumbificados que gostam de degustar um bom cérebro ao molho de alcaparras, como os dos filmes Resident Evil, Madrugada dos Mortos e por aí vai. Os zumbis da vez são.. baratas!

Han?

Pois bem.
Existe uma espécie de vespa muito gente boa, cujo nome científico é Ampulex compressa. O prato preferido da Ampulex é a barata comum (Periplaneta americana), aquela mesma que tem na sua casa, na minha e faz mulheres e homens moçoilas gritarem.
Ao encontrar uma barata, a vespa vira-a com as patas para cima lhe dá uma ferroada no tórax. O veneno faz com que a barata perca temporariamente o movimento das patas, e deixe de reagir. Em seguida, com a barata imobilizada, a Ampulex dá uma segunda ferroada, num ponto específico do cérebro da vítima. O golpe da "zumbificação".
A vespa se afasta por uns 30 minutos, tempo suficiente pro bagulho que tem no ferrão dela fazer efeito. Quando retorna, ao invés de carregar a presa como outras vespas, ela simplesmente conduz a barata pela antena, sem precisar lidar com nenhuma reação da vítima. Como um zumbi, a barata é "gentilmente" é conduzida até a toca da vespa onde terá um ovo depositado no seu abdome.
O vídeo abaixo mostra o processo:
http://www.youtube.com/watch?v=DzGCSk1Zpoo
A larva nascida do ovo começa a sugar a linfa da barata. Assim que cresce um pouco mais, entra dentro da barata e passa oito dias devorando-a por dentro. Após a refeição (que é regada com um bom vinho francês e tudo mais), forma um casulo e emerge como o Alien (aquele mesmo que fez o filme com Predador Gilberto Gil).
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A forma como o veneno da Ampulex manipula, de forma precisa, o cérebro da vítima já chama a atenção de cientistas. Acredita-se que, no futuro, ele seja usado como base contra doenças cerebrais. Será?
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fonte: Daniel Rocha e Revista Galileu.
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ps: Aqui um outro vídeo, mas aí não envolve baratas. A situação aqui acontece quase que da mesma forma, só que a vespa coloca os ovos com o outro inseto ainda vivo e de uma hora para a outra, todos saem, formando uma nojento massa orgânica. Cá está: http://www.youtube.com/watch?v=vMG-LWyNcAs&NR=1

quarta-feira, 3 de junho de 2009

Sem nome, sem jeito.

Olhava pra cima e admirava o céu. Se imaginava pulando nuvens, andando sob estrelas e visitando cada pontinho da imensidão que ele via. Talvez o que ele queria era puramente fugir da realidade que vivia e, quem sabe, olhando pra cima, conseguiria se libertar dessa gravidade que lhe prendia ao corpo seus problemas e frustrações.
Havia um tempo já que se sentia pesado. Como que de uma hora para a outra, seus fantasmas todos lhe batessem a cabeça, a porta, empurrassem seu muro e tentassem derrubá-lo. Fugindo de si e de tudo, ele simplesmente olhava para cima. Era o único lugar mais leve que ele conhecia.
O tempo encarregou de dar-lhe responsabilidades e fez com que enfrentasse problemas que pareciam estar muito além de suas conhecidas soluções. Por fora, uma couraça forte, mas na verdade era só o revestimento de um corpo vazio.
Menino reto, centrado, não se permitia flutuar. A vida então, resolveu provoca-lo e fez o menino ver a beleza das pequenas coisas e a valorizar o que nunca havia dado valor. Uma tragédia havia acontecido, mas não era por acaso.
O menino percebeu que embora a cada dia se tornasse mais adulto, sempre havia tempo para ser um pouco menino. E foi assim que ele passou a olhar pra cima e admirar o céu. Agora ele conseguia ver o invisível.

Devaneando sobre nada.

Esse texto começou a ser escrito com o objetivo de ser brilhante, cheio de conteúdo, de modo que surpreendesse até a mais sábia das criaturas. Mas isso exigiria tempo, dedicação e um conhecimento além do alcance do humilde autor.
Portanto, vou me dedicar a escrever um texto sobre nada. Um texto que não tenha conteúdo e que não passe nada a quem lê. Um texto que fosse só um monte de palavras, que, embora juntas, não quisesse transformar a vida de ninguém.
Curioso é que escrever um texto sobre nada, é, não só inútil, como totalmente sem sentido.
Com esse texto eu não vou tomar o poder. Com esse texto uma revolução não vou fazer. Com esse texto eu não vou ganhar mais dinheiro. Com esse texto eu não vou mudar o Rio de Janeiro. Nada.
Lendo isso você não vai saber mais de mim. Você não vai saber meus gostos, nem de onde venho e nem, pra onde vou.
Esse texto começou a ser escrito com o objetivo de ser genial, mas no fim, acabou como todos os outros, um monte de palavras criadas pra te prender até aqui, a última palavra. Tchau!