terça-feira, 9 de março de 2010

Gente vazia


 Não tenho paciência pra gente vazia. Não que eu me ache excepcionalmente cheio, mas com gente vazia, fujo de me misturar. Quando encontro um desses sujeitos vazios, seja de sentimento, de compaixão, de afeto, de respeito, trato logo de me afastar. Pior é quando encontro quem é vazio de tudo, esses acabam se perdendo na própria vastidão.
 Não que sejamos limitados e à medida que a coisa avança, ficamos cheios e temos que nos esvaziar. A possibilidade humana é infinita! Não entendo como num mundo com tanta coisa a espreita, vamos nos pautar logo em exemplo vazios. Vazios de exemplicidade.
 Engraçado que gente vazia se acha cheia: de razão, de atitude, de coragem. Chatice! Eu achava que gente vazia podia se conhecer. Todos eles. Conhecem-se, misturam-se e com o oco dos seus corpos, preenchem-se. É quase como uma ajuda. Um vazio é só um vazio, mas um monte de vazio até dá um cheio. Não garanto qualidade, não garanto que será um cheio de se admirar... mas e daí? Ainda que não seja só um vazio, está valendo. Eu acho

5 comentários:

António Corvo disse...

A sociologia do vácuo subjetivo... Muito bom!

Unknown disse...

pra mim, um conjunto de vazios é ainda mais triste que um vazio só.
Mas quem sabe assim, deixa de ser vazio. Embora continue sendo oco.

Unknown disse...

Apesar da minha inibição agora entende pelo menos o contexto da frase 'A sociologia do vácuo subjetivo' ! haha,pena que na vida são poucos que encontramos de interessante parece que ta virando moda se tornar esse ser 'vazio'.

Leonardo Moreno disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Leonardo Moreno disse...

Realmente há muita gente vazia neste mundo,talvez eu escreva algum verso sobre o tema. aqui aonde morro 80% do moradores tem a mente vazia.