quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Sobre galinhas.

O blog tá maduro. Coincidentemente meu último – e finado – post foi sobre aniversário e no dia 10 de Novembro o blog fez 1 ano. 1 ano! Vejam vocês, quando comecei, despretensiosamente, queria um blog que falasse de coisa séria mas sem perder a espontaneidade. E foi essa a minha meta ao longo desse 1 ano, falar de política sem perder o humor, falar de religião sem perder o senso, falar de qualquer coisa, de forma intensa mas sem ser necessariamente aquele papo cabeça chato. Talvez fosse isso que eu queria, mesmo sem saber. Levar o papo cabeça de forma simplificada a todo mundo que tivesse um computador, tempo livre e paciência. Sem falsa modéstia, só a paciência farão vocês lerem esse post, já que estou a um longo tempo sem postar nada e imagino que a maioria de vocês que outrora foram assíduos, estão agora com um certo desdém, achando que eu vos esqueci e que esqueci também do blog. ( Essa é pra você Felipe, que não comenta e pede atualização )
Dito isso, vou ser breve e escrever só uma observação que a um tempo atrás muito me impressionou. Perdoem a ingenuidade, mas eu descobri que coração de galinha – aqueles de churrascaria – é coração de galinha de verdade! Desculpe aos que tudo sabem e vão ridicularizar minha descoberta, mas isso realmente me transformou. Agora, vejo as churrascarias de um outro modo. Pensem comigo: Quantos espetinhos de coração de galinha são servidos por dia? E quantos corações de galinha cabem lá?
Suponhamos que num espeto de churrascaria, aquele que o garçom vem nos servir - digo em churrascarias rodízio – devem caber 30 corações de galinha. Se o garçom servir 3 espetos por dia, darão 90 corações sendo consumidos diariamente. Mantendo o fluxo, no final da semana serão 630 corações e no final do mês serão 2520 corações. Seguindo a teoria, no final do ano serão 30,240 corações de galinha consumidos. Trinta mil duzentos e quarenta corações de galinha. Isso quer dizer que existem trinta mil duzentos e quarenta galinhas a menos no mundo. E isso porque eu levei em consideração apenas uma churrascaria!
O que o Ibama tá fazendo olhando a Mata Atlântica? Não tem nenhuma ONG pró-galinha?

Daí só posso tirar uma conclusão: Ou as galinhas tem 4 corações ou estamos prendendo ladrões de banco quando na verdade deveríamos estar prendendo os donos de churrascaria. Ou os donos de granja. Vai saber...

segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Sobre o seu aniversário.

Hoje faço aniversário. Não costumo escrever muito sobre isso, a última vez, se bem me lembro, eu estava fazendo 14 anos. Fazer aniversário é estranho. Sempre achei. Na minha cabeça fazer aniversário é como prazo de validade, um dia depois não muda nada. Não que eu esteja falando que devesse acontecer uma mudança radical e cíclica na vida das pessoas a cada ano, mas é que de 11:59 pm de ontem para 00:01 am de hoje, nada mudou. Outra coisa que me confunde um pouco é parabéns. “Parabéns”... o que significa? E depois de parabéns, o que se responde? “Obrigado”. Mas obrigado pelo quê? “Pelos votos de felicidade, saúde...” Mas quem me deu parabéns, já é alguém que me deseja tudo isso sempre, não especialmente no dia do meu aniversário, e nem por isso eu digo todo dia: “- obrigado pelo que você me deseja hoje.”
Tem coisa mais constrangedora que cantar parabéns pra si mesmo? Todo mundo fica te olhando, batendo palmas, e você? Bate palmas também, canta também, e no final do “é big! é big!” grita o seu próprio nome. Mas para pra pensar, não é estranho? Porque eu grito meu próprio nome? Mas imagina que estranho também seria se tivesse todo mundo lá cantando parabéns pra você e você parado atrás do bolo, sem bater palmas, sério, olhando pra cara das pessoas. Ou seja, é um ritual que não há como fugir.
Quem nunca encontra no seu aniversário gente que pergunta: “- E aí?! Como você está se sentindo agora? Tá velho!” Bem, eu não me sinto lá muito velho. Quer dizer, não em relação a ontem. A essas pessoas eu tenho vontade de responder: Como eu to me sentindo? Vivo.
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Ps: Embora não pareça, eu adoro fazer aniversário.

sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Papai Noel existe?

1) – Existem aproximadamente dois bilhões de crianças (pessoas com menos de 18 anos) no mundo. Porém, como Papai Noel não visita criança das religiões muçulmana, Hindu, Judaica e Budista, isso reduz o trabalho na noite de Natal para 15 % do total, ou 378 milhões de pessoas (de acordo com o Bureau de Referência de população). A uma taxa média (censo) de 3,5 crianças por lar, tem-se um total de 108 milhões de lares, considerando que haja pelo menos uma criança boazinha em cada lar.

2) – Papai Noel tem cerca de 31 horas de Natal para trabalhar, graças à diferença de fuso-horário e à rotação da Terra, considerando que ele viaje de leste para oeste (o que parece lógico). Isso resultaria em 967,7 visitas por segundo, e significa que, para cada casa cristã com uma criança boazinha, Papai Noel tem cerca de 1/1000 segundo para estacionar o trenó, saltar, pular na chaminé, encher as meias, distribuir os presentes restantes sob a árvore, comer algum lanche que tenha sido deixado para ele, subir de volta pela chaminé, entrar no trenó e ir até a próxima casa. Considerando que cada uma das 108 milhões de paradas esteja distribuída uniformemente pelo mundo (o que, naturalmente, sabemos ser falso, mas será aceito para fins de cálculo),estamos falando agora de aproximadamente 1,25km por casa – uma viagem total de 121,5 milhões de km, sem contar idas ao banheiro e descansos. Isso significa que o trenó do Papai Noel move-se a uma velocidade de 1.046 km/s – 3.000 vezes a velocidade do som. Para fins de comparação, o veículo mais veloz já construído pelo homem, a sonda espacial Ulisses, move-se a acanhados 44,1 km/s, e uma rena normal pode correr a 24 km/h (no máximo).

3) – A carga útil do trenó representa um outro elemento interessante. Considerando que cada criança não receba nada mais que um Lego médio (907g), o trenó levaria mais de 500 mil toneladas, sem contar o peso do “bom velhinho”. Em terra, uma rena normal não puxa mais que 136 kg. Mesmo admitindo que renas “voadoras” pudessem puxar dez vezes o normal, o serviço não poderia ser feito com oito ou nove delas – Papai Noel precisaria de 360.000 renas. Isso aumentaria a carga, sem contar o peso do trenó, mais 54 mil toneladas, ou aproximadamente sete vezes o peso do Queen Elizabeth (o navio, não a monarca).

4) – 500 mil toneladas viajando a 1.046km/s cria uma enorme resistência do ar isso aqueceria as renas da mesma maneira que uma nave espacial ao reentrar na atmosfera da Terra. O primeiro par de renas absorveria (14,3x10 elevado a 19) joules de energia por segundo. Em resumo, elas explodiriam em chamas quase que instantaneamente, explodindo as renas atrás delas e criando estrondos sônicos ensurdecedores em seu rastro. Todo o conjunto de renas seria vaporizado em 4,26 milésimos de segundo, ou quase quando Papai Noel atingisse a quinta casa em sua viagem. Porém, nada disso importa, pois o Papai Noel, com a aceleração resultante de uma parada brusca a partir de 1.046 km/s em 0,001 segundo, estaria sujeito a uma força de 17.000 G's.

Um Papai Noel de 113 kg (que parece ridiculamente magro) seria imobilizado no fundo do trenó por 1.957.258 kgf o que esmagaria instantaneamente os seus ossos e órgãos, reduzindo-o a uma bolha trêmula de meleca pegajosa cor-de-rosa.

5) – Conclusão: Se Papai Noel existiu, ele já está morto.

sábado, 20 de setembro de 2008

Dispensa do serviço militar.

Recebi este e-mail e achei muito engraçado. Espero que gostem.

Um jovem escreveu a seguinte carta para o militar responsável pela Dispensa do serviço militar.

Prezado Oficial Militar,
Venho por intermédio desta pedir a minha dispensa do serviço militar.
A razão para isto bastante complexa e tentarei explicar em detalhes.
Meu pai e eu moramos juntos e possuímos um rádio e uma televisão.
Meu pai é viúvo e eu solteiro. No andar de baixo, moram uma viúva e sua filha, ambas muito bonitas e em rádio e nem televisão. O rádio e a televisão fez com que nossas famílias ficassem mais próximas.Eu me apaixonei pela viúva e casei com ela. Meu pai se apaixonou pela filha e também se casou com esta. Neste momento, começou a confusão. A filha da minha esposa, a qual casou com o meu pai, é agora a minha madrasta. Ao mesmo tempo, porque eu casei com a mãe, a filha dela também é minha filha (enteada). Além disso, meu pai se tornou o genro da minha esposa, que por sua vez é sua sogra. A minha esposa ganhou recentemente um filho, que é irmão da minha madrasta. Portanto, a minha madrasta também é a avó do meu filho, além de ser seu irmão. A jovem esposa do meu pai é minha mãe (madrasta), e o seu filho ficou sendo o meu irmão. Meu filho é então o tio do meu neto, porque o meu filho é irmão de minha filha (enteada).Eu sou, como marido de sua avó, seu avô. Portanto sou o avô de meu irmão. Mas como o avô do meu irmão também é o meu avô, conclui-se que eu sou o avô de mim mesmo! Portanto, Senhor Oficial, eu peço dispensa do serviço militar baseado no fato de que a lei não permite que avô, pai e filho sirvam ao mesmo tempo. Se o Senhor tiver qualquer dúvida releia o texto várias vezes (ou tente desenhar um gráfico) para constatar que o meu argumento é realmente verdadeiro e correto.
Ass. Avô, pai e filho.

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

Sobre o orgulho.

Tem gente que acha que é o orgulho que engrandece. “- Faça o que quiser, mas não se arrependa, pra não correr o risco de parecer fraco.” E pior que ter gente achando, é ter gente acreditando nessa gente que acha isso.
Não se arrepender não é fraqueza, é arrogância. O orgulho – em excesso -, deixa as pessoas mais tolas. Quem não se arrepende, não corre o risco de aprender com os próprios erros. E pior, acaba lutando contra sua própria consciência. Quem não faz alguma coisa digna de arrependimento? Por mais raiva que se tenha – até de si próprio – é incrivelmente mais humano se arrepender e admitir o erro do que se orgulhar até o último minuto, mesmo que se pareça ridículo.
Fraco é quem não ri de si próprio. Quem não encontra a graça dentro de si, nunca vai conseguir encontrar nos outros.

sexta-feira, 5 de setembro de 2008

Devendo.

Ando devendo. Pelo menos uns 3 emails sem resposta, 8 recados no Orkut, 2 mensagens de texto, uma atualização num trabalho de Literatura, decorar o texto de uma peça, uma série de coisas, e principalmente, postar no blog. Que Deus me permita, numa próxima encarnação, eu consiga fazer só coisas que eu consiga cumprir. A tempo.

domingo, 24 de agosto de 2008

Sem titulo.

Quem gosta de escrever costuma ter dificuldade em alguma coisa. Uns tem pra começar, outros pra terminar. Tem ainda os que não elaboram um bom enredo, deixam-se perder no meio, já outros escrevem pouco demais ou muito demais. Pois bem, o meu problema é com título. Se você que me lê tivesse noção do quanto isso é difícil pra mim, não esboçaria essa cara.
Acho que esse meu problema com título vem associado ao meu problema com síntese. Resumir coisas é sempre difícil pra mim. E é isso que se faz num título, resume-se a história em uma frase marcante.
Por isso, esse post vai se chamar sem título. E um dia, quando a astúcia permitir, faço um post sem conteúdo também.

Selado.

O Blog tem 9 meses de vida, e nesse tempo, já ganhou algumas condecorações. A mais recente delas é o selo 'Blog Consciente', que me foi passado pelo Diálogos a Sós.
Muito engrandece o Blog - e o ego do autor -, então, agradeço a todos que não só me repassam selos, mas principalmente aqueles que vem aqui, leem o que eu digo e pensam sobre. Ah, claro! Aos que comentam, também um agradecimento especial. O Blog só é o que é, graças a vocês. Cada um de vocês!
E como manda a tradição, devo repassar. E o selo vai para:

Falando um monte! & Reticências

sábado, 9 de agosto de 2008

George Denis Patrick Carlin

É engraçado essa capacidade que a gente tem de sentir alguma coisa por alguma coisa que nem conhecemos. [ perdoe a redundância ]
Saudade de um lugar que nunca foi, de uma pessoa que nunca conheceu e por aí vai.
Tempos desse me descobri assim, saudoso, de um cara que nem conheci. Uma ajuda da Wikipedia pra explicar pra vocês quem é ele:
George Denis Patrick Carlin (Nova Iorque, 12 de maio de 1937 — 22 de junho de 2008) foi um comediante, ator e autor norte-americano, pioneiro, com Lenny Bruce, no humor de crítica social. A sua mais polémica rotina chamava-se "Sete Palavras que não se podem dizer em Televisão", o que lhe causou, durante os anos setenta, vários dissabores, acabando preso em inúmeras vezes que levou o texto a palco.
Até meados da década de 1960, Carlin manteve uma imagem tradicional, com fato e cabelo curto. Depois, ao escrever novo ato, decidiu deixar crescer o cabelo e a barba, tornando-se um ícone da contracultura. Crítico acérrimo das religiões, ateu convicto, principalmente do sentido da culpa e do controle social, defendia valores seculares.
Aplaudido por vários colegas, como Lewis Black, tido como seu sucessor, George Carlin chegou ainda a participar em vários filmes e séries de TV. Dublou ainda filmes de animação, como Carros e outros.
Morreu em um hospital de Los Angeles de parada cardíaca, depois de, nos últimos 20 anos, ter passado já por um enfarte e duas cirurgias ao coração. Sobrevive-lhe a sua segunda mulher e sua filha.
Eu costumo admirar as pessoas pelo que elas levam dentro de si. Não tem nada mais fascinante do que gente com conteúdo, com conhecimento e com humor. George Carlin morreu, mas não se foi só. Deixou um punhado de admiradores pelo mundo que nunca, mesmo, terão a oportunidade de conversar com ele.
Nota: Menos uma pessoa bacana no mundo. Porque Deus não leva quem não presta?

domingo, 3 de agosto de 2008