E assim somos nós, exatamente como meu cachorro. Somos vira-latas no amor. Mesmo com a segurança do lar, tememos voltar para as ruas. Mesmo tendo ração no pote e carinho na barriga, temos a impressão de que a qualquer momento alguém vai tocar o interfone do coração dela e invadir o território que era só seu.
Assim faz o ciumento, antecipa o toque. Acha que qualquer barulho é o do interfone e entra em desespero. Controla as chamadas, as mensagens, os emails, a vida. Desejo no outro um fantoche das suas vontades.
As vezes o toque do interfone é inevitável. As vezes, alguém tem mesmo que invadir o seu território e te tirar de lá, com os ossinhos e tudo.
O ciumento é como meu cachorro. Nem todo latido é preciso. Mas é preciso latir. Late porque gosta. Late porque tem ciúme. Late porque não me quer longe.
9 comentários:
Sim yke, Sim! Com certeza somos vira-latas do amor! e o pior é q, em alguns casos, se no momento em q a campainha for tocada e a porta ficar aberta por um simples eskecimento, agente sai pra rua e até volta, mas só depois d termos encontrado o q fomos procurar...
Tenho gostado muito da forma como você dá início, meio e fim às suas crõnicas! "Todo latido tem um fundo de verdade". Au.
HAHAHAHA, adorei!
''O ciumento quase nunca late sem sentido. Todo latido tem um fundo de verdade.'' concordo plenamente !
Suas comparações são muito inteligentes !
gostei da comparação :)
www.sonhosfeitosdecrepom.blogspot.com
ahahahhaha, nossa nunca pensei dessa forma, otima comparação !
AU AU!
Só li esse agora! E que maravilha de imagem o senhor construiu com as palavras. Tocou esse, hein!
Espetáculo de escritor!
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