terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Eu quase morri.

Hoje eu quase morri. E não é no sentido figurado. O mais estranho de quase morrer é você perceber como a vida é efêmera. De uma hora pra outra, em fração de segundos, tudo podia ir por água abaixo. E é impactante você sentir isso. Por mais que a gente saiba que a vida é curta, vivenciar essa pequenice na pele não é uma das melhores experiências. Imagina quanta coisa ia ficar sem final? Ia ser menos um na chamada do colégio, menos um amigo na lista do Orkut ( embora ele ainda continuasse lá, como um fantasma, recebendo mensagens e mais mensagens de saudade, muitas delas hipócritas até ); Ia ser mais uma mãe sem filho, mais um caso pra estatística... Sem querer ser muito egocêntrico, mas ia ser esquisito. Pensar que eu podia não ver mais ninguém, ia mesmo ser esquisito. E tudo que a gente planeja? E tudo que de uma hora pra outra pode de repente não acontecer? A linha que divide a vida da morte dura o tempo de um piscar de olhos. Aliás, aos que estão se questionando como foi isso, eu explico. Saía eu do dentista com mais dois amigos, quando passei pelo colégio Liessin, em Botafogo. Havia um verdadeiro fogaréu, ou melhor, uma fumaceira que dava indício de fogo subindo pelos muros e as pessoas nada estavam fazendo. Temendo o pior, que explodisse alguma coisa, imaginando o caos que isso geraria na rua, o nível de acidente que isso podia causar, peguei o celular e fui ligar para o Corpo de Bombeiros. Eis que surge o caos! Vem um sujeito em alta velocidade numa bicicleta, na contra mão, balbucia uns grunhidos e não satisfeito, bate em mim. Sorte é que a roda da bicicleta parou entre as pernas, não bateu diretamente no joelho, o que fez com que eu conseguisse me desvencilhar da roda e caísse no meio da São Clemente. Os que conhecem esta rua, sabe que ela é uma das principais ( senão a principal ) rua de Botafogo, o que faz com que o fluxo de carros, principalmente as 18:00 hrs seja muito intenso. Outra sorte que dei foi que os carros, ônibus e motos pararam, fazendo com que eu conseguisse rapidamente rolar até a calçada. Reerguido, percebi que só havia ralado levemente a mão e o joelho, já que algum tempo praticando lutas me fizeram aprender a cair de uma forma mais branda. Como diz um texto da Elisa Lucinda: “(...) Ainda quem quase morre esteja vivo, quem quase vive já morreu.” Portanto, pra alegria de uns e tristeza de outros, quasse morri, mas estou vivo. E enquanto vivo, continuarei a escrever.

6 comentários:

Anônimo disse...

Meu Deus.
Salvador da patria da nisso.

Anônimo disse...

Que é isso?! Oo

Unknown disse...

Nossa,ainda estou sob o abalo de tudo, foram os 3 minutos mais tensos,surreais e louco ! Que bom que est0a tudo bem, depois disso tudo. =)

Anônimo disse...

bom, se vc viu o filme premonição.... ela vai voltar.....

Luíza Oak disse...

Morre não, ô.

George Luis disse...

Vim procurar nos seus posts antigos se tinha algum da data do meu aniversário. Achei este em 10 de fevereiro de 2009 ... ainda bem que você não morreu nesse dia ... rs