Todo amor, no início, é como a bolsa de valores. Não importa quanto se ganha ou quando se perde, tudo estava no risco do investimento. Arriscamos muito, arriscamos tudo, que temos e não temos, pra fazer dar certo. No início todo investimento vale a pena. O prazer é a incerteza da próxima noite. Cancelamos compromissos, inventamos coisas e criamos situações. Arriscamos.
Mas com a segurança e o tempo, a panela de pressão vira chaleira. Como a criança que abandona a chupeta, vamos ficando cheios daquele amor. Ora, pra que investir, se sabemos que já está lá?
Abandonamos as roupas novas, as histórias novas e viramos acomodados do amor. Do mesmo amor que fazia a gente arriscar. Se antes o amor era investimento na bolsa de valores, agora ele é conta-poupança. E a gente, vai sobrevivendo dos rendimentos desse amor.
7 comentários:
Muito bom!
adorei !
Quem é cronista já nasce feito!
Sabe o que eu acho muito legal? A maneira como você arranja fotos que combinam com todos os post! Mais um texto muito bom, para variar. Beijos, querido!
Ahh otimo esse, mas como de costume vi você falando cada palavra. Coisas a mais a serem ditas tornariam-se repetitivas ! =)
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