quarta-feira, 3 de junho de 2009

Sem nome, sem jeito.

Olhava pra cima e admirava o céu. Se imaginava pulando nuvens, andando sob estrelas e visitando cada pontinho da imensidão que ele via. Talvez o que ele queria era puramente fugir da realidade que vivia e, quem sabe, olhando pra cima, conseguiria se libertar dessa gravidade que lhe prendia ao corpo seus problemas e frustrações.
Havia um tempo já que se sentia pesado. Como que de uma hora para a outra, seus fantasmas todos lhe batessem a cabeça, a porta, empurrassem seu muro e tentassem derrubá-lo. Fugindo de si e de tudo, ele simplesmente olhava para cima. Era o único lugar mais leve que ele conhecia.
O tempo encarregou de dar-lhe responsabilidades e fez com que enfrentasse problemas que pareciam estar muito além de suas conhecidas soluções. Por fora, uma couraça forte, mas na verdade era só o revestimento de um corpo vazio.
Menino reto, centrado, não se permitia flutuar. A vida então, resolveu provoca-lo e fez o menino ver a beleza das pequenas coisas e a valorizar o que nunca havia dado valor. Uma tragédia havia acontecido, mas não era por acaso.
O menino percebeu que embora a cada dia se tornasse mais adulto, sempre havia tempo para ser um pouco menino. E foi assim que ele passou a olhar pra cima e admirar o céu. Agora ele conseguia ver o invisível.

5 comentários:

Eduardo Araújo disse...

Você ta precisando é tomar O chá, vai flutuar, ver o invisível... E quem sabe até imaginar um assunto interessante pra postar aqui! Haha!

Yke Leon disse...

hahahahah

Juliana Valentim disse...

É bom flutuar, mas só de vez em quando.

Felipe disse...

Também conheço este. haaha =)

Unknown disse...

Felipe aqui ta parecendo um spam, ahahhaha ! Aii este texto e um graça nao sei porque mais ele me lembrou os da martha medeiros!