Suas costas passavam pelo mundo.
Um carro não viu o avermelhado do sinal
E seguiu.
O cachorro que passava na rua quase
morreu.
A moça voltando do trabalho só queria
Dormir.
Mil vidas e o dobro de sonhos
Passam pela porta recém-aberta.
A menina chora no vagão,
Mas ninguém teve tempo de ver.
O que será da vida dela?
Penso que alguém possa ter morrido,
Ou o sujeito que a amava,
Subitamente tenha desistido.
Ouço o apito e me desfaço daquela cena.
Nunca saberei o que acometeu a pobre moça,
Nem estarei presente quando a lágrima secar.
Na minha memória,
Ela viverá para sempre como foi.
E enquanto este rabisco existir,
Nenhum comentário:
Postar um comentário